5 Séries para NÃO continuar assistindo 13 Reasons Why

A segunda temporada de 13 Reasons Why chegou na Netflix trazendo outras polêmicas. A que mais tem se debatido nas redes sociais é se a série é realmente um alerta ou uma exposição desnecessária. Muitas pessoas, tendo transtornos psicológicos ou não, alegam não ter ”estômago” para o programa e é a partir disso que fazemos o questionamento: Então a série é feita para quem?. 13 Reasons Why aborda assuntos extremamente delicados como suicídio, depressão, estupro, abuso sexual, bullying entre outros, mas ela momento algum tenta conscientizar sobre eles. É por isso que separamos algumas séries em que há um diálogo saudável com o espectador sobre temas importantíssimos e qualquer pessoa pode assistir para que você não tenha que continuar assistindo 13 Reasons Why, principalmente agora que foi renovada para sua terceira temporada.

1. My Mad Fat Diary 

Situada nos anos 90, a história acompanha a vida de Rae, uma jovem de 16 anos que vive em Lincolnshire com sua mãe. Após uma tentativa de suicídio, Rae passa uma temporada de quatro meses em um hospital psiquiátrico em tratamento. Ela terá que se adaptar novamente a esse mundo no qual ela não se sente à vontade. A série pode até ser uma comédia agradável, mas a seriedade do drama retratado nela é raro de se ver em séries voltadas ao público jovem. Rae que é gorda, coloca seu peso como foco dos seus problemas, mostrando a grande dificuldade em ser jovem quando você não se encaixa no padrão. O Programa vai discutir a fundo assuntos ligados a transtornos mentais de maneira digna. My Mad Fat Diary nos da uma baita lição de moral, apontando essa luta interna de Rae com a sua própria mente, principalmente em suas sessões de terapia que são muito sinceras e reais. É difícil não se identificar com a protagonista e toda a sua batalha.

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2. One Day At Time

Série original netflix que retrata a vida cotidiana de uma família cubano-americana. Acompanhamos a história de Penelope Alvarez, uma veterana do Corpo de Enfermagem do Exército dos Estados Unidos, enfrentando seu retorno à vida civil com muitos problemas não resolvidos de seu tempo no Exército. Com a ajuda de sua Mãe, Lydia, uma refugiada que deixou Cuba quando adolescente após a ascensão de Fidel Castro ao poder, ela está criando seus dois filhos: Elena e Alex. A série aborda de maneira muito sensível e real a depressão e ansiedade de Penelope, principalmente na segunda temporada, quando a personagem acredita estar recuperada e para de tomar seu anti-depressivo, nós acompanhamos de perto sua recaída e todo seu sofrimento. Até sua mãe, Lydia, que nunca entendia que a filha havia de fato uma doença e porque tomava os comprimidos, suplicou que a filha voltasse a tomar, e a partir daí ela compreendeu a dor de Penelope. A atriz, Justina Machado, faz um trabalho impecável transmitindo toda a aflição de uma pessoa com transtorno depressivo, é incrivelmente tocante como a série explora isso e propaga pro público que tudo bem pedir ajuda e que não precisamos passar por isso sozinhos.

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3. Red Band Society

Baseada no drama espanhol “Polseres vermelles”, a trama foca em um grupo de adolescentes vivendo em um hospital pediátrico. Acompanhamos a vida desses jovens com sérios problemas de saúde, mas com uma história bem clichê, algo que a série sabe usar bem: jovens rebeldes e teimosos e triângulo amoroso. Ter empatia por praticamente todos os personagens logo de início é algo que poucas séries conseguem fazer e acredito que esse seja o estímulo do programa, logo de cara você se apega a todos eles. Red Band Society disserta sobre a importância da vida e a dificuldade desses jovens de se adaptarem ao mundo sobre a circunstância de terem uma grave doença. Infelizmente a produção de Steven Spielberg não conseguiu ir para frente e foi cancelada na primeira temporada, porém ainda sim vale muito a pena conferir porque por mais que ela não tenha uma finalização, ela traz questões importantes e faz te emocionar na maioria dos episódios com uma trilha sonora maravilhosa.

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4. Crazy Ex-Girlfriend

Vista com desconfiança por ser um fruto do canal The CW (conhecido por explorar seus bons produtos a ponto de eles ficarem ruins), a série criada por Aline Brosh McKenna e Rachel Bloom é uma grande sátira à ideia machista da “ex maluca”. Na história, conhecemos Rebecca Bunch, uma advogada que é infeliz apesar de uma carreira bem sucedida. Após reencontrar o ex-namorado Josh Chan pelas ruas de Nova York, Rebecca segue o rapaz até sua cidade natal, acreditando que Josh é a chave que falta para encontrar sua felicidade. Trata-se de uma série altamente irônica e satírica, que usa números musicais imaginados pela protagonista para mover a história adiante. No entanto, apesar de parecer um produto bobo, Crazy Ex-Girlfriend não tem pressa para contar e desenvolver sua protagonista, quando ela finalmente aceita e começa a lidar com seus problemas psicológicos. Há um episódio inteiro dedicado à Rebecca lidando com seu diagnóstico e sua procura por ajuda profissional. Aqui, não vemos saúde mental sendo tratada com tabu, mas com naturalidade e bom humor na medida certa. Rachel Bloom ganhou um Globo de Ouro por seu trabalho na série.

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5. Olive Kitteridge

Olive Kitteridge é uma minissérie de televisão estadunidense de 2014 dirigida por Lisa Cholodenko e escrita por Jane Anderson, baseada no romance homônimo de Elizabeth Strout. Distribuída pela HBO em quatro episódios, a obra é protagonizada por Frances McDormand que faz um ótimo trabalho como Olive, uma mulher bem difícil e ranzinza, que é casada com Henry (Richard Jenkins), uma pessoa totalmente o oposto, ele é doce e muito gentil. A série mostra como o cotidiano pode ser bastante complexo e bem turbulento. O programa não esconde os transtornos dos personagens, mas apresenta minuciosamente como os problemas de uma família gira em torno desses transtornos e como atitudes de pessoas em nossas vidas podem desencadea-los. Por mais que Olive tenha depressão, é bem difícil de entende-la, mas é de tirar o fôlego esses quatro episódios sobre a vida dessa protagonista tão complexa que nos faz questionar sobre o objetivo de estarmos nesse mundo cheio de obstáculos.

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Ana Barbosa

Estudante de Jornalismo, feminista e enaltecedora de mulheres na arte. Viciada em séries, principalmente em Doctor Who, compra mais livros do que consegue ler e não recusa um café. A típica canceriana que chora em todos os filmes que assiste, ou pelo menos quase todos.

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