Of Monsters and Men abraça o pop em Fever Dream
Nesta sexta-feira (26), a banda islandesa Of Monsters And Men lançou Fever Dream, seu terceiro álbum de estúdio. Quatro anos após o lançamento de Beneath The Skin, de 2015, a banda retorna apostando em uma sonoridade um pouco diferente do folk habitual, mas sem perder as características que os consagraram. O pop ganhou vez, espaço e uma parte conjunta com os instrumentos e os ‘heys’ já clássicos para os fãs, repetidos desde o início do grupo, em 2010.
Lançado pela Republic Records, o disco vem recebendo boas críticas, como a nota 71 que recebeu do Metacritic e uma recepção igualmente positiva em portais menores. O trabalho é uma co-produção dos integrantes da banda com Rich Costey, que tem no currículo a produção de nomes como Foster The People, The Killers e Muse.
“É um álbum em que realmente tivemos que crescer”, disse a vocalista Nanna em entrevista ao site britânico Independent. “Quando você está com esses surtos [alguns integrantes estavam tendo problemas psicológicos no processo do álbum], é intenso e díficil, mas é tão bom sair disso com algo em suas mãos como ‘ah, então realmente isso valeu a pena'”.
Com 11 faixas, Fever Dream já tem dois singles: “Alligator”, lançada há dois meses, e “Wild Roses”. Interessante perceber como as duas são lançamentos um tanto quanto diferentes da proposição ao longo do apresentado por todas as canções do trabalho. Se lá, há uma mistura de melancolia, mas em um clima um pouco mais chamativo, os singles trazem ‘poses’ mais reonhecíveis do grupo. Aliás, a primeira conta com o instigante clipe:
Não há para previsão para a próxima vinda do Of Monsters And Men ao Brasil, mas espera-se que aconteça logo, visto o grande número de fãs da banda em terras braislieras. Aliás, os integrantes já afirmaram algumas vezes que para eles o show mais memorável de suas carreiras foi em terras brasileiras, quando se apresentaram no Lollapalooza 2013. A banda voltou ao país em 2016, quando novamente se apresentaram no festival. Nesse mesmo ano, fez no Rio de Janeiro, mais especificamente no Circo Voador, um dos seus maiores shows em termos de tamanho, durando pouco mais de 2 horas.
Vale lembrar que o quinteto islandês ganhou notoriedade em 2012, com “Little Talks”, o primeiro single do seu álbum de estreia My Head Is An Animal, de 2011. Com ele, atingiram o top 10 das paradas musicais da Europa e o topo de todo o ornamento alternativo dos Estados Unidos. A sequência, Beneath The Skin, citada anteriormente, chegou a alcançar o top 3 das paradas americanas na Billboard, apesar de por pouco tempo. Os dois CDs receberam críticas sempre medianas, porém tendendo a serem positivas.