Festival Polifania – Segundo Dia
Por Ana Luiza e Maria Clara Torres
Como dizem que tudo que é bom acaba rápido, no dia 19 (sábado), aconteceu o segundo e último dia do Festival Polifonia de 2019. Dessa vez, o protagonista foi o rock hardcore e cinco bandas se apresentaram: Plastic Fire, Gloria, Menores Atos, Pense e Far From Alaska.
Quem abriu o evento nesse segundo dia foi a Plastic Fire, banda de hardcore formada em Madureira, Rio de Janeiro. Foi um show pesado e tecnicamente impecável, cheio de discursos políticos e muita interação com o público presente – na qual, vários para vê-los. Inclusive, os seguranças tiveram trabalho com os fãs mais intensos. Durante todo o tempo, o vocalista, Rey, levantou a bandeira de apoio ao underground.
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Em seguida, Gloria fez uma apresentação que agradou muito os fanáticos, que estavam em peso por lá. Tocaram músicas antigas como “Vai pagar caro por me conhecer”, “Minha Paz” e “Asas Fracas”, além de algumas do álbum Acima do Céu, o trabalho mais recente deles. Também tiveram agradecimentos ao Esteban Tavares e Gee Rocha antes das canções na qual eles ajudaram a compor. Foi possível ver que continuam com muita energia, mesmo com seus 15 anos de estrada.
Menores Atos fez a apresentação com a energia mais bonita do dia. Parecia que todos sabiam as letras e cantavam sempre junto com a banda. O setlist passou pelos álbuns Lapso e Animália. Nesse meio, também teve o single “Além do Caos”. Todas as pessoas que nós paramos para falar sobre esse momento se disseram extremamente apaixonadas pela banda e que amaram do início ao fim e, realmente, as letras parecem feitas para cada um.
Que no Polifonia só teve show incrível já é fato, mas a Pense elevou o nível. Foi difícil ficar parado. Eles fizeram a perfeita combinação entre peso e melodia, além do vocal presente ser impressionante. No setlist tinham faixas dos três álbuns, “Contra-Cultura”, “Gota a Gota” e “Existência” foram algumas delas. Além disso tudo, também teve um momento fofo: uma fã chamada Luciana subiu no palco e pediu seu namorado em casamento – ele aceitou, claro. Lucas, o vocalista, já emendou num discurso lindo sobre amor: “O amor sempre vai vencer. Nenhum discurso ódio supera o amor”. E, para fechar tudo já incrivelmente mostrado, os caras falaram para os fanáticos subirem no palco e cantarem com eles a música “Eu Não Posso Mais” e eles invadiram mesmo, até o vocalista desceu do palco e foi erguido pela galera. Foi lindo.
Far From Alaska foi quem fechou o festival. Numa mistura de nordeste com exterior, fizeram um show memorável. Com direito, algo que não poderia faltar, a muita guitarra e sintetizador. “Cobra”, “Iron Lion Zion” e “Dino vs Dino” foram algumas das canções na qual tocaram, além de apresentarem pela segunda vez a “How Bad Do You Want It”. Foram muito simpáticos com a platéia, interagindo muito. Emmily (vocalista), com sua voz incrível e cheia de gingado, foi algo extremamente marcante. Foi um verdadeiro grand finale!
Dessa forma, só resta a agradecer por esse grande evento realizado no Rio. Mais do que tudo, foi uma grande celebração do rock e da músical nacional. Dizendo isso, que venha o Polifonia 2020!