Festival Polifonia – Primeiro Dia
Por Ana Luiza Rodrigues e Maria Clara Torres
O primeiro dia do Festival Polifonia reuniu seis bandas do rock alternativo nacional: Vitrola Sintética, Folks, Zimbra, Tuyo, Scalene e Supercombo. Em geral, os shows foram todos muito bons e levantaram o público. As bandas tocaram seus maiores sucessos e também apresentaram músicas novas. Foi, acima de tudo, uma grande celebração não apenas do rock, porém sim da música nacional de uma forma geral.
Vitrola Sintética abriu o palco. Apresentaram músicas dos álbuns Sintético e Expassos e fizeram um show bem politico, com críticas à utilização da religião em nome do poder e a militarização da polícia. Houve protestos em músicas como “Deus” e “Polícia” – cover de Titãs -, onde eles pediram melhor qualidade de vida para policiais e cidadãos, dentro de um discurso memorável sobre a maior causa de morte da policia ser o suicídio, nem sempre em confrontos.
A banda carioca Folks fez um show muito animado. Kauan Calazans, o vocalista, é bem performático e não deixou a platéia ficar parada. Eles apresentaram a música do clipe recém lançado chamada “Sobre Viver”, na qual a letra reflete a liberdade de ter confiança de ser quem somos, nos expressar sem ter medo dos olhares a volta. Fecharam o show com a música “Muito Som”.
Zimbra foi a terceira a se apresentar etodo o grupo chegou levando até os que não eram fãs à loucura. Tocaram seus maiores sucessos dos três álbuns lançados, como “Meia-Vida”, “Sinais” e “Amanhã”. Bola canta de forma impecável e os instrumentos de sopro na banda trazem um charme a mais. O show foi animado do início ao fim. Apesar do horário já tarde (o evento foi inciado 20h e iria pela madrugada adentro), foi um grande alto-astral necessário.
Tuyo, a “banda recém-nascida”, como os mesmos se apresentaram, por ter um único e recente trabalho divulgado, surpreendeu a todos. Mesmo com suas músicas melancólicas, a platéia estava muito animada e sabia cantar todas. Os integrantes tinham uma interação muito boa e bonita de ver, uma sintonia única que criaram entre eles e o público. Um show leve, apesar do pesar nas letras.
Todos os presentes pareciam estar realmente ansiosos para a chega de Scalene ao palco. Bom, eles não se decepcionaram. Os caras já chegaram mostrando para o que foram e, com seu som mais pesado do que as que se apresentaram antes, tiraram a galera do chão. Surpreenderam fãs com músicas em que, normalmente, não estão no setlist: “phi” e “Sonhador I”. Além de sucessos já consagrados, também tocaram músicas do álbum novo, o Respiro.
Fechando com chave de ouro, o show mais esperado: Supercombo. É importante salientar o fato da apresentação anterior já ter tido a participação de Léo Ramos, vocalista da banda, na música “Surreal”.Eles tocaram todos seus maiores sucessos, como “Piloto Automático”, “Sol da Manhã” e “Amianto”, além de músicas do seu CD mais recente, o Adeus, Aurora. A todo momento eles agradeceram a platéia por estarem ali, porque já era mais de 3 da manhã quando se apresentaram, mas parecia que ainda era bem cedo porque a galera estava muito feliz e interagia o tempo todo. O show agradou a todos, desde os fãs novos até os de longa data.
