Coluna da Rafaela | B.X.D: 5 filmes produzidos por aqui

O cineclubismo é um dos movimentos culturais com presença forte na Baixada Fluminense, ao norte da estado do Rio de Janeiro. Esses projetos dão oportunidade aos moradores de frequentarem com certa regularidade o cinema independente, experiência na qual é de fato extraordinária.

Nessa lista, separei os melhores filmes, documentários, curtas produzidos por alguém da/sobre a B.X.D. Com diferentes visões, cada qual com influências, resgate de memórias e singularidades, distorcendo o que as grandes distribuidoras não produzem: a vida do morador de fora do município do Rio.

– Cineclubismo na BF  

Exibido no Cine Odeon, em 2018, de Carol Vilamaro, o documentário consolida a história dos principais cineclubes que fomentam a produção cultural do território. Contando como começaram, quais as dificuldades para manter os projetos vivos. Cineclube Mate com Angu, de Duque de Caxias; Cineclube Buraco do Getúlio, de Nova Iguaçu; Cineclube Donana, de Belford Roxo; Cineclube Cinema de Guerrilha, de São João de Meriti Cineclube Facção Feminista, itinerante; Cineclube Xuxu com Xis, itinerante, fazem parte do presente que é registrar esse processo.

– Rap de Saia 

Documentário produzido por Janaína Oliveira Re. Fem, é histórico e descontraído contanto a trajetória de mulheres que são rappers através das vozes e rimas das próprias protagonistas, parte da trajetória histórica do Rap Feminino no Estado do Rio. Além da trajetória histórica, o Rap de Saia trás um apanhado de temas que nos leva a reflexão sobre a mulher na sociedade atual. A diretora é moradora de Parada Angélica, em Duque de Caxias.

– Rádio Perifa 

Selecionado para a 3º mostra ‘Lugar de Mulher é no Cinema’, para a 7ª mostra de ‘Curtas Araçá’ no ES e FestTanguá, o curta gira entorno da história que um jovem de periferia conta na sua rádio, mas não se sabe quem são os ouvintes. O diretor é Sandro Bernardo Garcia, sendo uma produção feita e idealizada pelo cineclube Baixada Cine.

– Nossos Mortos Tem Voz

A narrativa do documentário é construída a partir do depoimento  das mães e familiares vítimas da violência de Estado da Baixada Fluminense. Tendo como ponto de partida esses casos, o longa opta por abordar as histórias atravessadas por essas perdas, sobretudo de jovens negros. Uma produção da Quiprocó Filmes, o documentário foi licenciado para o Canal Brasil em 2018.

– Lar Doce Celular

Curta-metragem de ficção que reflete sobre as relações humanas no Séc. XXI, interpessoais e com o telefone móvel. O diretor negro Alek Lean é pedagogo, ator, cineasta de guerrilha e cria de São João de Meriti. O filme passou por países como Cabo Verde, Festival Internacional Plateau de Cinema, e República Dominicana, onde participou do Out Fest Cine LGBT de Santo Domingo. Selecionado duas vezes consecutivas para o Encontro de Cinema Negro Zózimo Bulbul 2017/2018, o maior da América Latina.

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