De que forma o livro de Chama a Bebel se complementa ao filme?

O filme adolescente Chama a Bebel estreia apenas em fevereiro de 2024. Contudo, aqueles que estão na expectativa de ver o novo projeto da atriz Giulia Benite, conhecida pelo seu papel como Mônica nos filmes da Turma da Mônica, tiveram um gostinho na Bienal do Livro de 2023. Isso porque a atriz, o ator Pedro Motta e o diretor Paulo Nascimento participaram de uma sessão de autógrafos do livro do longa.

Pode soar estranho, mas, na realidade, a ideia da obra literária veio até mesmo antes das gravações. No caso, ao menos a encomenda. Foi o que contou Paulo em entrevista ao Senta Aí. “Apesar disso, aprimeira coisa feita foi o roteiro. Depois a gravação do filme e, aí sim, a escrita do livro. Como autor, as coisas acabaram ajudando muito para visualizar os acontecimentos de forma mais completa”, diz.

E para os que esperam algo feito apenas para ser uma cópia do longa, estão completamente enganados. O diretor e autor revelou que as duas produções se complementam. Ou seja, apesar de terem os mesmos acontecimentos, tem visões completamente diferentes.

“O livro, como literatura, tem a possibilidade de mostrar os pensamentos, o personagem por dentro. Acho que é legal poder assistir e ler, fazer os dois juntos”, fala.

Giulia Benite interpreta a protagonista Bebel. Ela é uma menina inteligente que se muda do interior para uma cidade grande do Brasil, enfrentando todas as dificuldades de um mundo novo. No meio disso, bate de frente com um empresário da cidade que faz testes em animais e tenta fazer isso uma oportunidade para todos mudarem de ideia sobre a natureza.

Cena do filme Chama a Bebel. Foto: Divulgação

A principal inspiração para a personagem é a jovem ativista Greta Thunberg, um dos nomes mais famosos no mundo na defesa do meio ambiente. O objetivo foi mostrar como os jovens podem ser um vetor de mudança da sociedade. É o que pensa também a atriz.

“Acho que precisamos de muito mais coisas com esse tema, por isso fico tão feliz com o filme. Precisamos plantar uma semente na cabeça das pessoas. Eu fico com medo de imaginar o futuro e acho que o filme pode ajudar as pessoas a pensarem nisso”, afirma.

Ainda durante conversa com o Senta Aí, ela revelou como moldou a personagem: “queria que ela tivesse uma personalidade única, que nunca tive em nenhum outro papel. Alguém mais intensa, com força no olhar e nas palavras”.

O ator Pedro Motta é outro dos nomes infanto-juvenis em ascensão no cinema brasileiro. Depois de ter feito parte também da Turma da Mônica como Quinzinho e estar em D.P.A., o jovem agora tem a oportunidade de se mostrar para um público mais velho. Assim como a colega de cena, Pedro comenta que Chama a Bebel pode mudar um pouco a forma como as pessoas enxergam o cinema teen nacional.

“É um filme que trabalha com um público mais abrangente. Conscientiza e promove essa reflexão. Por isso que acho que pode trazer coisas novas”, completa.

Comentários

Cláudio Gabriel

É apaixonado por cinema, séries, música, quadrinhos e qualquer elemento da cultura pop que o faça feliz. Seu maior sonho é ver o Senta Aí sendo reconhecido... e acha que isso está mais próximo do que se espera.

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