Franquia Rambo: Do Pior para o Melhor

A franquia Rambo foi uma das mais transformadoras para o cinema de ação durante os anos 80. A passagem para os 70 já foram complicadas, pelo fim do noir e início de situações mais urbanas tomando conta. Assim, com a chegada da década de 1980, debates ainda maiores foram gerados, pela chegada dos efeitos visuais em grande escala e as praticidades em torno das realizações. Nessa onda, vieram produções como Mad Max, O Exterminador do Futuro, Duro de Matar, RoboCop, Máquina Mortífera e mais.

Rambo é um dos grandes sobreviventes desses anos. Por isso, com a chegada de Rambo: Até o Fim, agora em 2019, fizemos uma lista ranqueando todos os longas dessa saga. A partir disso, pensamos em como todos estarão nos dias de hoje, na opinião do Senta Aí:

5º – Rambo III (1988)

O mais fraco de todos da série e também o mais perdido. Em uma tentativa de se relacionar com o período, Rambo aqui luta ao lado dos soldados afegãs e em versões mais recentes acabou tendo que se desculpar por esses acabarem se tornando o exército de Saddam Hussein. De qualquer forma, é um longa que acaba não tendo uma real base em ponto nenhum. Sofre demais com a quantidade de tramas paralelas, atrapalhando ainda mais o andamento da narrativa. Ao fim, o que resta são apenas as explosões (importante destacar as famosas flechas explosivas aqui) e alguns pequenos elementos da história completa do protagonista – nunca resgatados depois.

4º – Rambo II: A Missão (1985)

Comercialmente e perante o público, esse foi o filme de maior renome em toda a franquia. Apesar disso, nunca vingou de sucesso perante a crítica ou até entre os próprios fãs, sendo renegado como uma obra apenas divertida pela intensa ação. Impossível não destacá-la, pelo simples motivo de ser o grande ponto forte mesmo. Falta demais um drama aqui interno ou quaisquer desenvolvimento, ainda mais rememorando que o primeiro, de 82, possui isso como um pilar para sua história acontecer.

3º – Rambo: Até o Fim (2019)

Está um pouquinho mais a frente do II pelo simples fato da saga assumir uma carnifica aos poucos. Se o personagem já tinha isso inerentemente – algo até bem pouco disposto nos primeiros, dos anos 80 -, a partir do IV tudo muda de figura e somos postos em um universo altamente sangrento. Isso serve para reforçar o lado da ação, na qual, inegavelmente, acaba sendo o ponto mais forte de todos aqui presentes. Ele acaba sabendo usar bem isso, especialmente na sequência final dos túneis. Contudo, ainda carece bastante de um maior envolvimento ou uma forma mais destacada de saber utilizar esses elementos.

2º – Rambo IV (2008)

Na minha opinião, é o mais divertido de todos. Apesar de realmente não tratar de uma temática divertida, é aquele onde a ação é melhor alinhada aos personagens. E isso faz total sentido com John Rambo, uma persona traumatizada, todavia bastante amistosa para aqueles que o dão afeto. A personagem de Julie Benz aqui é esse afeto dele, pelo simples motivo de se importar com as atitudes que o protagonista realiza. Além disso, ela é uma espécie de balança moral ao rechaçar as mortes violentas como acontecem. Não chega a ser o trabalho mais complexo e completo de todos, porém é um enorme respiro após uma sequência ruim.

Obs: Importante destacar que esse é o único dirigido por Sylvester Stallone.

1º – Rambo: Programado para Matar (1982)

Definitivamente, o melhor de todos. E bota melhor nisso, já que ele está bem distante na frente. É um trabalho primoroso realizado pelo diretor Ted Kotcheff, com todas as sequências de lutas e tiros sendo apenas um pano de fundo para uma história triste. História essa sobre o abandono dos soldados do Vietnã que, incorporados na figura de Rambo, acabam sendo colocados de lado em todos os lugares de sua terra natal. Não podem nem ao menos andar na rua sem serem perseguidos. Isso coloca toda a narrativa para dentro da selva, ambiente acostumado da sobrevivência desse personagem título, mesmo sem realmente querer.

Comentários

Cláudio Gabriel

É apaixonado por cinema, séries, música, quadrinhos e qualquer elemento da cultura pop que o faça feliz. Seu maior sonho é ver o Senta Aí sendo reconhecido... e acha que isso está mais próximo do que se espera.

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