#LollaDeCasa – Segundo Dia Lollapalooza Brasil 2023
É amigos, o sábado já foi embora. Passou rápido pra quem curtiu o Lollapalooza do conforto de sua casa. Vamos aqui mais uma vez recapitular os pontos altos (pra mim) do festival e comentar quais shows realmente valeram a pena. Não foram tantos assim não, mas é o que tem pra hoje.
Wallows (16h45)
A bandinha adolescente do momento fez seu primeiro show em solo brasileiro. Antes mesmo de entrar no palco do Lolla, porém, o Wallows já fez manchete aqui no nosso país quando o vocalista Dylan Minnette (ator de 13 reasons why) deu um xilique em uma entrevista com o G1. O rapazinho não queria de jeito nenhum ser associado com seu trabalho como ator, especificamente com uma repulsa pela série da Netflix na qual participou. Deixou um baita climão na entrevista. Eu hein, estrelinha demais.
Com esse ranço instaurado, cheguei pra assistir o Wallows de mente limpa. Sempre gostei da banda desde seu início em 2017. E eles não deixaram a desejar não. Foi um show inesperadamente empolgante. Algumas músicas da fase inicial do grupo que foram tocadas, porém, deram a sensação de que o som da banda estaria um pouco enjoativo. Isso é sintoma de uma má montagem de setlist. Quem conhece a banda e como ela evoluiu seu som pós 2019, sabe que eles tem sim uma variedade boa no catalógo. Só faltou mesmo espaçar as músicas de uma maneira que não deixasse uma experiência meio maçante pro grande público.
Mas o conjunto sabe muito bem empolgar uma audiência e deixou o pessoal de Interlagos pulando alto com o melhor do indie-rock.
The 1975 (18h50)
Sou suspeito pra falar mas não tem jeito, foi o melhor show da noite. Até o Lucas Fresno – que estava nos bastidores – concordou comigo no Twitter.
Apesar de ser só um aperitivo do show completo que eles fazem em turnê, o The 1975 conseguiu englobar seus maiores hits (e algumas favoritas dos fãs) em um show conciso e com gostinho de quero mais. Mesclando seus tons oitentistas com sintetizadores exorbitantes e um saxofone pungente, Matty Healy e companhia fizeram todo mundo saltitar energicamente no palco Budweiser. O cantor também conseguiu engajar com o público demonstrando que sabe muito bem performar e brincar com o ambiente, características essenciais para um bom frontman.
Não tem jeito, pra mim foi o melhor show do Lolla inteiro até aqui.
Tame Impala (20h)
Não deixaram a gente ver. Só tocaram três músicas no Multishow e logo depois disso o concerto foi CENSURADO. Mas tá certo, o Tame Impala não segura um show de 1 hora mesmo, só três músicas já foram o bastante pra enjoar. Calma, eu sei. To brincando. Segue o jogo.
Twenty One Pilots (21h)
Repetindo a mesma setlist de 2021-22, a banda voltou ao Brasil tapando buraco dos queridos Blink-182. Pelo que andei vendo, o pessoal lá tava bem empolgado. A dupla tem mesmo um arsenal de canções que grudam na cabeça do povo e envolvem até o mais quietinho do rolê. Algumas são carentes de qualidade lírica, quase todas. Mas as melodias geralmente são cativantes. Triste que o Tyler abandonou o ukulele dele, gostava bastante daquela seção do show.
Mas foi basicamente isso. Repetiram a setlist já muito bem conhecida, tocaram um cover de Blink – que dessa vez conseguiram acertar nos acordes – e seguiram o show como um ótimo tapa buraco de última hora.
Se for contar com o line-up completo do dia, foi um sábado fraquíssimo. Alguns momentos pontuais acabaram salvando, mas nunca pensei que veria um dia de Lolla tão ruim assim. The 1975, Pitty (que eu não vi por completo por isso não comentei) e Walllows foram os salvadores do sábado. Amanhã a coisa promete ser ainda mais feia ein.