Westworld começa sua segunda temporada em ritmo lento (2×01)
“- O que é viver?
– Aquilo que é insubstituível”
Com esse diálogo entre Dolores e Bernard, é dado início a segunda temporada da mais nova série de imenso sucesso da HBO: Westworld. Mesmo com um final da primeira extremamente marcante, levando o seriado para um lado mais de ação, essa volta não parece continuar engatada, querendo gerar uma reapresentação para o público de tudo que aconteceu anteriormente, o que não funciona tão bem, mas também não desmerece tudo que foi apresentado.
O primeiro ano foi marcado por alguns questionamentos filosóficos, mas um fator totalmente hollywoodiano no que se pode chamar de “terceiro ato” dessa história. Isso acabou levando a alguns momentos bem catárticos, mas que pareceram destoar do que estava sendo apresentado até então. Sendo assim, a direção de Richard J. Lewis desacelera esse trem meio descontrolado. Com um pouco mais de uma hora, o episódio quase não tem cenas mais extravagantes e busca fazer o público se localizar no meio da bagunça – fato esse que Game of Thrones também realiza todo início da nova safra de episódios. Quem mais se beneficia desse tempo de tela é o personagem interpretado por Jeffrey Wright, Bernard Lowe. Com a revelação na temporada passada que ele é um androide, todas as cenas com sua presença se pautam em uma câmera desgovernada, como se não entendesse ainda o mundo que está na sua frente. Esse espaço dado acaba também por ser importante para entender que o mesmo será a fonte de informação para os robôs sobre o planejamento dos humanos.
Em relação ao resto dos núcleos, tudo ainda parece um pouco nebuloso. Dolores (feita por Evan Rachel Wood) e Teddy (interpretado por James Marsden) continuam na sua perseguição, mas sem a câmera mostrar muito coisa. O lado sádico anti-humanos dela se mostra em apenas uma sequência, que se mostrou a melhor de todos os 70 minutos decorridos.
“Aqueles prazeres violentos tem finais violentos”
A aparição de Maeve (Thandie Newton) também pouco teve a acrescentar, apenas para a volta de Rodrigo Santoro em cena. Apesar do tempo, ela ainda teve um momento extremamente impactante, atacando os guardas dentro do laboratório e controlando um dos grandes nomes da corporação para descobrir como liberar algumas novas localidades. A partir daí também é importante ressaltar o descobrimento do mar no final do episódio, quando começamos a perceber que novas localidades estão presentes dentro daquele universo – o que o teaser para o próximo revelou ser o mundo samurai. Agora só resta esperar o decorrer dessa temporada que promete, com base nesse início, ser ainda mais violenta e contemplativa.
Veja o teaser do próximo episódio aqui:
7.5
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7.5/10
Resumo
Apesar do ritmo lento, os questionamentos filosóficos e os personagens voltaram em grande estilo para esse novo ano.