A volta de Avril Lavigne: Head Above Water
Avril Lavigne está de volta após momentos turbulentos em sua vida pessoal. Seu último lançamento foi o álbum homônimo, de onde saiu seu último single de grande relevância: Hello Kitty. Apesar de ter feito sucesso, deixou uma sensação que ela estava percorrendo um caminho que ninguém nunca imaginou que ela percorreria.
Avril foi então diagnosticada com a Doença de Lyme e, por isso, se afastou da carreira musical. Mas é exatamente o que a fez parar por um tempo que reforça seu retorno, começando a trabalhar em seu novo disco: Head Above Water.
O single principal do álbum, que leva o nome do mesmo, o resume muito bem. Ele é forte e com uma mensagem de superação muito bonita. O instrumental traz a força que a música carrega e ele acompanha o ouvinte ao longo do álbum.
Na primeira parte, ela consegue levar esse mesmo sentimento muito bem, contando com o seu forte: as letras. Em Birdie e Fell in Love With The Devil, Avril explora seus vocais e composições facilmente identificáveis. Ela está na sua zona de conforto e faz isso com maestria.
Então com Dumb Blonde ela quebra o ritmo e coloca um popzão no álbum e junto dele a coisa mais aleatória e mais legal de todo o disco: um feat com a Nicki Minaj! Poderia ter dado muito errado, mas foi certeiro, pois é uma música divertidíssima e junta o melhor de todas as Avrils: a do inicio dos anos 2000 que queria provar com suas músicas que era mais do que as pessoas davam por ela junto com a Avril que faz clipes dançando no Japão.
E apesar do começo positivo, o álbum volta para a temática de superação, mas sem o sucesso de antes. As músicas começam a tomar um tom quase gospel, algo que não é ruim, caso fosse a intenção. No entanto, Avril soa um pouco dramática demais. Isso inclui também as que seguem para um caminho romântico. Tudo acaba sendo um pouco demais, perdendo a qualidade do começo. Ela retoma o folego com a última faixa: Warrior, onde os elementos melodramáticos continuam, mas a letra emociona, considerando o histórico da cantora.
No final, as expectativas estavam altas para um novo trabalho da cantora e, levando em consideração a qualidade do lead single, eram justificáveis. Contudo, Avril entrega um trabalho que apesar de muito confessional não está a altura do que já vimos e sabemos do que ela pode fazer. Acredito que um EP com a primeira parte do disco teria sido de melhor proveito para essa fase da cantora. Mas nada disso estraga os pontos altos que é Dumb Blonde e Head Above Water.