Cobertura Rio 2C – Parte 2

*Texto escrito por Cláudio Gabriel, Pedro Barreto e Vinícius Barros.

– HarperCollins apresenta: J.R.R Tolkien

Créditos: Marcos Ramos

Uma descontraída apresentação ministrada por Reinaldo José Lopes. O colunista e blogueiro é um dos principais tradutores de Tolkien no Brasil, além de estudar sobre o autor britânico. O palestrante conversou com o público principalmente sobre a vida do homem responsável por obras fundamentais da fantasia moderna como O Senhor dos Anéis e O Hobbit, além de explicar um pouco como funcionou a criação das línguas literárias que Tolkien apresenta em suas obras. Houve também uma leitura (em idioma original) do clássico poema de Beowulf e uma breve interação com a plateia, através da qual José Lopes comentou brevemente sobre as adaptações das obras da Terra Média (as já existentes e as vindouras), a influência do autor em outras obras de fantasia, sua relação com C.S. Lewis e como a religião afetou a obra de ambos e também sobre a riqueza (e a falta de espaço da mesma) da mitologia brasileira.

– Debate com Betsy West, após exibição de ‘RBG’

Créditos: Isabela Toscano/Beulasartes Fotografia

Após a exibição do filme A Juíza, na qual estreará em 23 de maio no Brasil, a co-diretora Betsy West subiu ao palco para falar um pouco sobre todo o processo do documentário. Dentre os principais destaques falados por West estão sobre a capacidade da juíza da Suprema Corte Ruth Bader Ginsburg de lidar com seus opositores ideológicos e também das polêmicas relacionadas a sua carreira – especialmente a mais recente com Donald Trump. Entretanto, o grande enfoque na conversa ocorreu em torno da importância de Ruth para a defesa dos direitos humanos e, especialmente, das mulheres durante todo seu período de atuação. A diretora ainda disse que, em algumas sessões pelos Estados Unidos, meninas foram fantasiadas da juíza, tamanha sua relevância.

– Showrunner em coproduções internacionais

Créditos: Isabela Toscano/Beulasartes Fotografia

Outra apresentação bastante pertinente foi a de Carina Schulze, showrunner da série infantil canadense Big Top Academy. Tendo começado no Brasil criando a produção, também infantil, Gaby Estrella, Schulze contou um pouco de sua trajetória e do conceito de showrunner, ainda muito recente dentro do Brasil. A partir do conceito de tudo necessitando estar nas páginas do roteiro e de transcrições, pode-se começar a trabalhar com esse material, seja na leitura com os atores, seja em possibilidades de modificar por viabilidade financeira, etc.

Carina finalizou clamando aos presentes roteiristas, produtores, diretores e mais a realizaram coisas. Para ela, há espaço a ser explorado e também “muito espaço para vozes serem ouvidas, histórias serem contadas”. Apesar de complexo e difícil, a brasileira mostrou o caminho para saber ter esse controle e coordenação dos projetos audiovisuais.

– A edição como narrativa

Créditos: Cláudio Gabriel/Senta Aí

Uma das últimas palestras de domingo, dia fim do evento, foi sobre a edição como forma de contar uma narrativa cinematográfica. Anterior a ela, a direção, roteiro e fotografia já haviam possuído seus destaques em apresentações individuais. Aqui, com as participações de Natara Ney, Karen Akerman e Lucas Gonzaga, foi falado bastante sobre como o processo de trabalho do editor pode alterar na realização de um trabalho. Possuindo falas bastante políticas, a palestra terminou com Natara clamando aos realizadores presentes a contarem histórias. “A história do nosso tempo é contada através do audiovisual”, ela disse.

– A Era dos Clipes

Lexa é uma das cantoras que já têm bastante tempo de estrada, mas que chegou em seu ápice de 2018 para 2019, com diversos hits como “Só Depois do Carnaval” e “Sapequinha”. Parte desse sucesso pode se dar pelos seus videoclipes, na qual seguem o novo padrão de excelência de vídeos pops brasileiro. Uma das responsáveis pela nova leva de vídeos é a dupla Os Primos, que dirigiu diversos clipes de divas brasileiras, como Pabllo Vittar e Gloria Groove. Ambos expões sua relação com os videos, que são focadas em profissionalismo e qualidade, tentando entregar o melhor possível com temas acessíveis a todos. Ressaltaram que agir de forma natural e focar na diversidade atai tanto o publico quanto marcas. Fica claro que ambos sabem a direção que a produção de vídeos está tomando e, assim, deixa o mercado cada vez melhor.

– Porta dos Fundos

O Porta dos Fundos é o maior canal de esquetes do Brasil no Youtube e está consolidado como parte da cultura pop brasileira. Fabio Porchat e Antonio Thabet, um terço dos criadores do projeto, dividem como é o processo de criação e produção do canal. Compartilham histórias engraçadas desde como decidem se um video vai ao ar ou não, até sobre os processos que já levaram. É interessante ver a visão dos dois durante todo o papo, já que são bem discordante, entendendo assim o que faz o Porta ser tão especial: as visões sobre cada tema.

– Cerebro Musical 

Créditos: Cláudio Gabriel/Senta Aí

Em um estudo sobre como e por que o cérebro humano reage à música, Julie Wein, PhD, musicista e especialista em musica e cérebro, explica a relação. A música depende de contexto para despertar emoções, isso vai de fatores socioeconômicos e ate o momento que a pessoa está na vida. Entendendo que essa arte auxilia diversas partes da vida humana, tanto física quanto mental, ela cita exemplos de situações e mais surpreendente é a na luta contra o Alzheimer. Foi muito interessante e educativo.

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