A Bienal do Livro e dos quadrinhos

Muito mais do que “apenas” os 5,5 milhões de livros vendidos e o público de mais de 600 mil pessoas, a Bienal do Livro de 2023 pode ser também celebrada como um espaço da nona arte, dos quadrinhos. Os motivos não são únicos, porém é possível se destacar dois deles: a presença de um Artists Alley pela primeira vez no evento (e em maior tempo na história do Brasil), e a celebração dos 60 anos da Turma da Mônica. Por isso mesmo, não foram poucas as demonstrações que as HQs tinham espaço principal, com um sansão presente desde a porta de entrada, por exemplo.

Entretanto, a grande novidade realmente foi a área dos artistas, presentes ao longo dos 10 dias de Bienal. Nunca uma ala de quadrinistas ficou tanto tempo assim presente. E a ideia e concepção do espaço, além da escolha daqueles que estiveram presentes, partiu tudo de Émerson Vasconcelos, fundador da ComicCon RS. De acordo com ele, o processo de seleção foi “exclusivamente para minhas redes de contatos e de artistas parceiros. Mesmo assim, tivemos cerca de 3 inscritos por vaga”. Em entrevista ao Senta Aí, o jornalista ainda afirmou que os critérios para escolha foram a diversidade de artistas e de estilo.

Artistas presentes no Artists Alley. Foto: Cláudio Gabriel/Senta Aí

Ao todo, foram mais de 30 artistas presentes, desde alguns com maior nome e destaque no meio nacional, até outros ainda buscando sua consolidação no mercado. Entretanto, foi um abiente fundamental para crianças e adolescentes terem um contato mais direto com os quadrinhos, em que muitas vezes não é possível. Conhecer novas formas e formatos foi uma porta de entrada fundamental para um novo público: “O interesse ficou muito evidente durante a visitação escolar. E mesmo aos finais de semana, o número de crianças e adolescentes ali no espaço era sempre alto”, conta Émerson.

Para além do Artists Alley, a Bienal do Livro de 2023 ainda tinha outro motivo para celebrar os quadrinhos: os 60 anos da Turma da Mônica. Carta marcada no evento, o criador dos personagens, Maurício de Sousa, esteve presente em sessões de autógrafos e também em um parabéns especial para suas criações. Nela, um bolo chegou a ser partido e houve cantoria. Aliás, a turma que se fez presente como um dos itens mais vendidos do estande da Panini nesta edição, com o Box: As Melhores Histórias da Turma da Mônica.

Foto: Divulgação/Bienal do Livro

Outros mangás e quadrinhos também tiveram muito impacto. Na esteira da estreia da série, os volumes um e dois de One Piece estiveram entre os mais comercializados, assim como o primeiro de Chainsaw Man. A edição asboluta de A Piada Mortal, Morte e Retorno do Superman, Sandman: Prelúdio – Edição Definitiva também foram muito compradas. Em relação a Marvel, o impacto da segunda animação de Aranhaverso foi presente, já que os mais comprados foram: Porco Aranha, Punk-Aranha e Gwen-Aranha, junto das histórias do próprio Homem-Aranha feitas por David Michelinie e Todd McFarlane.

Comentários

Cláudio Gabriel

É apaixonado por cinema, séries, música, quadrinhos e qualquer elemento da cultura pop que o faça feliz. Seu maior sonho é ver o Senta Aí sendo reconhecido... e acha que isso está mais próximo do que se espera.

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