A confusa e caótica primeira semana do BBB21
O BBB21 veio recheado de expectativas. Chegava após a 20ª edição do reality ser marcada como uma das mais intensas de todas e ainda com a maior participação popular da história. Redes sociais se movimentaram e, especialmente, celebridades viraram peças fundamentais de cada paredão que acontecia. Tudo terminou com a vitória de Thelma, que passou maior parte do tempo um pouco apagada de tantas polêmicas, mas ganhando seu destaque na reta final junto de Babu – talvez o personagem principal daquela história.
Pois bem, a narrativa do BBB20 era bem clara: a disputa contra o machismo e racismo. Essa mesma que permeou todos os debates que textões que sobressairam posteriormente a cada novo paredão ou alguma atitude de um dos jogadores. E é nessa mentalidade – aumentada em algumas muitas potências – que as peças do BBB21 chegaram. A ideia era justamente tentar trazer elementos que deram certo no programa anterior, como se isso fosse realmente necessário ou preciso. O problema é que não estamos falando do ano de 2020, mas sim de 2021. A trama precisa ser nova, o desenvolvimento dessa narrativa precisa ser nova. Porém, travado em uma mesma reta, os primeiros conflitos transformaram em talvez a semana mais caótica da história de um Big Brother Brasil.
Basicamente, podemos destacar que houveram dois perseguidos durante esses pouco mais de 7 dias: Juliette e Lucas Penteado. A primeira pela sua forma de ser extremamente acima do que muitos ali poderiam estar acostumados. Karol Conká (sobre quem falaremos logo abaixo) foi uma das que na frente mostrava algo, e atrás apenas falava mal; Já o segundo foi responsável pelas primeiras tretas, incluindo com seu “parceiro” de provas Nego Di e também Kerline, que viria a ser a primeira eliminada. Penteado saiu da festa do último dia 29 como a grande figura de ódio de toda a casa, a qual todos ficaram extremamente “assustados” com seu comportamento. Sofreu, a partir daí, dias seguidos de humilhação moral por Conká, Lumena e Fiuk, o trio que é colocado como ‘os sensatos’.
O problema é que, como todo BBB, a história é realmente boa se temos contrapontos. Apesar disso, já tinha algum tempo que não havia um vilão tão insano como é Karol, que ganhou o fatídico nome na internet de Jaque Patombá (em uma referência a sua música). Em seu jogo psicológico contra Lucas, ganhou a antipatia de, basicamente, o Brasil inteiro. Curioso que dentro da casa é tratada como favorita ao título junto de Lumena. Todos não poderiam estar mais enganados. E isso, justamente, por não perceberem que tem uma vilã na frente dos mesmos, basicamente controlando cada uma das ações – algo que, ao menos, 17 participantes colocaram em Penteado após a festa. O jogo da discórdia e o dia da eliminação serviram para mostrar ainda mais como temos duas figuras completamente isoladas de um grupo maior que se forma. Resta saber se vão conseguir aguentar o isolamento próprio.
Nesse meio tempo, outras peças também começam a se desgarrar. Os casos mais especiais são de Sarah, Rodolffo e Caio. A primeira tenta se transformar em uma terceira via ideológica, já que foi julgada por todos após defender que não soube as coisas que aconteceram na festa e, por isso, foi ouvir Lucas. Ela mesma que também, de modo completamente desregulado, foi falar para Juliette que não era canceladora após o jogo da discórdia. Os dois últimos formaram a dupla já mais divertida do BBB21. Enquanto todos estão preocupados e com medo de cancelarem um aos outros, o já casal de amigos Caiolffo parecem estar apenas querendo andar pelo canto. O destaque maior fica para com Caio, que tem sido o terror da internet com sua diversão, a qual muitos esperavam um bolsonarista nato.
Em uma primeira semana maluca e muito confusa, é interessante como o jogo apresenta apenas duas plantas: Thaís e João. Apesar disso, ambos também cavam seu espaço no meio do gigantesco confronto que se instalou na casa mais vigiada do Brasil. Uma coisa é certa: temos pessoas que tomam a dianteira de destaque no programa, se transformando já em favoritas para chegarem bem longe. Além de Juliette e Lucas – na narrativa da perseguição -, Sarah, Rodolffo e Caio parecem saber bem aonde estão pisando. Outros nomes correm por fora, porém as dinâmicas que acontecerem vão abrir espaço para uma vaga no paredão ao “grupo do mal” que tem se colocado. A ver as cenas dos próximos capítulos.