Coração do Guerreiro: O Processo Criativo

Salve, guerreiras e guerreiros. Aqui quem vos escreve é Mano Perdiga, morador da Zona Norte do Rio de Janeiro (com muito orgulho). Para quem não me conhece, sou rapper e lancei um clipe novo no dia 18 de agosto de 2019. O nome é “Coração do Guerreiro” e você pode assisti-lo no Youtube, pelo canal do Oklan Rap. Além disso, pode ouvir o som nas mais diversas plataformas digitais, como Spotify, Deezer, entre outras.

Fui convidado pelo meu amigo Cláudio Gabriel para escrever um texto sobre todo o processo criativo, desde a composição do som até o lançamento do videoclipe, e não hesitei. Então, leitoras e leitores do Senta Aí, lá vem história…

Já estou nessa correria de música desde 2014. Na verdade, já escrevia minhas poesias muito antes, mas foi no ano citado que eu tive o imenso prazer de entrar em um estúdio pela primeira vez, com a finalidade de gravar uma música. De lá para cá, lancei alguns sons no meu canal “Mano Perdiga”, outros no canal do Oklan Rap e fiz parte de um coletivo chamado “CasaKaos Sociedade Anônima”. Nos dias atuais, lanço meus conteúdos pelo canal do Oklan Rap.

O “Coração do Guerreiro” teve início quando meu amigo de infância Henrique Assis (ou MK Beats), que é estudante de cinema e também se envolve nas produções musicais comigo, me enviou um instrumental para compor. Ouvi a batida, gostei e perguntei a ele qual o nome que havia dado à faixa, para que eu pudesse salvá-la da mesma forma. De pronto, ele me respondeu: “Warrior Heart”. Eu, que não me engajo no inglês, perguntei a tradução desse termo e ele me disse que era “Coração do Guerreiro”.

Até então eu não havia escrito nenhuma letra para encaixar na base, mas gostei bastante do nome que ele havia escolhido. Inclusive, depois de um bom tempo, fomos descobrir que ele tinha se confundido e o nome oficial do instrumental, no computador dele, era outro. Hoje, analisando friamente, creio que o destino quis que eu escrevesse algo com esse tema. Sendo assim, juntei meus melhores amigos (o papel e a caneta) e coloquei meu coração em cada verso da poesia.

Ao terminar de compor, como sempre faço, gravei o que chamamos de “guia suja”, uma “track” no próprio celular para que eu não me esquecesse de cada “flow” e métrica criados. Ao enviar para o Henrique, ele gostou muito da letra e me incentivou a gravar a faixa com o microfone condensador e que fizéssemos uma produção legal para este som. Claro que não pensei duas vezes.

Na mesma hora liguei para outro grande amigo, que é produtor musical. Seu nome artístico é Nobrê ou “Nobrê Toca Aquela” e ele, sempre bastante proativo, topou fazer o projeto. Marcamos um dia para ele chegar na minha casa com os equipamentos e colocarmos isso para frente. Não temos patrocinador, contratante, ou nada do tipo. Basicamente todas as faixas que gravamos de 2017 para cá foram produzidas no meu quarto ou no dele, de forma completamente independente.

Após finalizarmos o processo musical, enviei a faixa para o MK e o mesmo aprovou o produto final. Como citei, ele é estudante de cinema e rapidamente entrou em contato com um amigo para que agilizássemos um videoclipe para este som. Foi aí que tive o prazer de conhecer Jackson Freitas.

Uma noite de sexta-feira ou sábado (não me recordo exatamente) marcamos uma reunião na casa do Henrique para eu passar brevemente o que tinha pensado para o roteiro. Com a grande ajuda do Jackson, conseguimos passar todas as ideias para o papel e dar mais um passo importante para a realização do clipe.

Assim, somamos ao projeto outros três conhecidos do Jax: Leonardo Gomes, Patrícia Mahet e Vanessa Freitas. Estes iriam nos auxiliar em outros campos, como a captação de imagens, a direção executiva e a fotografia still. Além disso, o roteiro criado continha outros três personagens. Chamamos, então, amigos meus para que estivessem conosco nessa. Necessitávamos fazer imagens em um terreiro e imediatamente conectei a galera da Casa de Caridade Santa Bárbara e Iansã, que nos prestaram todo o apoio. Inclusive, agradeço a todos que se dedicaram para que a ideia virasse realidade.

Após dois dias intensos de gravações, conseguimos finalmente captar todas as imagens que julgamos necessárias. A partir daí, a responsabilidade ficou toda com o Henrique e o Jackson, que são craques quando o tema é edição de vídeo. Quando me mostraram o produto final, confesso que meus olhos encheram de lágrimas e vi que todo o esforço tinha valido a pena.

O próximo passo foi planejar uma data de lançamento e trabalhar na divulgação. Desta forma, chamei minha irmã, Marina Perdigão, estudante de Relações Públicas, para colaborar. Ela preparou todas as artes e estratégias, visando chamar a atenção do público para o tão aguardado lançamento. Muitas pessoas compartilharam, em suas redes sociais, as artes contendo informações sobre o clipe e assim foi durante toda a semana, até chegarmos ao dia 18 de agosto, um domingo.

Desde o lançamento, a repercussão tem sido bastante positiva e já estou, inclusive, trabalhando firme para a realização do próximo projeto, junto com o Henrique. Vou deixar abaixo o link do videoclipe, caso queira conhecer. Se te interessar fazer algo parecido, seja no campo musical ou visual, dá um confere na ficha técnica, pois tem os contatos dos envolvidos na produção (e são todos mestres no que fazem).

Desejo aos leitores vibrações positivas e muita saúde.

Com todo meu respeito,

Mano Perdiga

“Ainda vive-se rima.” #AVR

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