O que esperar da Bienal do Livro do Rio 2023?
Falta muito pouco. No próximo dia primeiro de setembro, inicia mais uma edição da Bienal do Livro do Rio de Janeiro. Só que essa não será qualquer uma, já que é a celebração de 40 anos do evento, que iniciou suas atividades em 1983. Naquela época como algo menor, mas que foi ganhando dimensão e um espaço para chamar de seu, no Riocentro, na Zona Oeste da capital.
Pois bem, a Bienal acontecerá até o dia 10. É difícil falar da programação completa, visto que cada um dos dias o evento traz autores diferentes e interessantes para debates igualmente diversos (a programação pode ser conferida aqui). Entre os nomes confirmados estão Itamar Vieira Júnior, Ale Santos, Gilberto Gil, Fernanda Montenegro, isso dos nacionais. Já dos internacionais, há Julia Quinn, K.L. Walther, Lynn Painter, Neal Shusterman, e mais. É justamente essa junção, entre descobrir escritores e correr atrás de autógrafos, que faz a Bienal ser tão única. E, mais uma vez, será possível ter isso.
Além disso, há outro aspecto que torna a edição de 2023 mais especial: o pós-pandemia de Covid-19. Em 2021, houve sim a realização da feira, porém de uma forma ainda bem diferente, com um público menor e muitos mascarados. Em certo sentido, foi uma tentativa de resposta após toda a polêmica envolvendo a tentativa de censura de um quadrinho dos Novos Vingadores por parte do prefeito do Rio na época, Marcelo Crivella. O ambiente que se instaurou após isso foi de defesa dos livros e da comunidade LGBTQIA+, visto que o governante queria a retirada da HQ por causa de um beijo entre dois homens.
Nesse sentido, 2023 chega em uma espécie de novo tempo. Com um olhar mais atento para a literatura, com certeza a Bienal do Livro do Rio será um espaço para mais figuras públicas e um debate mais diversificado e completo sobre livros e quadrinhos, algo tão essencial. Mas, para além disso, será também um ambiente para correr atrás daquela obra que está faltando na coleção ou buscar algum lançamento por um preço mais em conta.
Felizmente, não é preciso mais esperar muito para os cariocas. A Bienal é logo ali.
