Qual o futuro da DC após Coringa?
Coringa chegou fazendo extremo sucesso por parte da crítica (conta com mais do dobro de positivas que medianas no Metascore) e do público (média de 9.3 no mesmo site). Isso apenas se refletiu nas bilheterias nesse primeiro final de semana mundialmente, acumulando um total de US$248 milhões, provavelmente bem maior do que seu orçamento originário. Só para ter um comparativo, Liga da Justiça arrecadou US$2 milhões a mais sendo um longa reunindo diversos heróis e PG-13 – sim, Coringa é para maiores de 18 nas classificações. Um verdadeiro sucesso de todas as formas possíveis e até mais do que o imaginado pela Warner.
Porém, após essa primeira euforia, é hora de pensar qual será o futuro da DC com essa produção. Definitivamente, ela jogou para patamares diferentes e pareceu gerar uma mescla de intenção/referência ao falar do universo do Batman. Pouco se sabe sobre continuações ou até possibilidades de continuar esse mundo para a frente. A tendência parece estar mais no caminho de filmes cada vez mais separados e formando suas próprias correlações. Talvez algumas lembranças devidamente aconteçam, porém o trabalho da editora nos cinemas faria muito mais sentido caso seja feito desse jeito. Tranquilidade parece mais a palavra da vez e o vilão palhaço pode ser a chave para isso.
Confira nossa crítica de Coringa aqui.
Todos esses pontos – e outros mostrados na própria projeção – denotam como Zack Snyder e sua construção do universo estão afastados dos planos. Não veremos mais aquelas versões pensadas pelo diretor, com um trabalho totalmente corporal, além do foco na ação em quase quaisquer custo. Alvo de muitas críticas por todas as partes, e brincadeiras/memes, todo esse trabalho feito anteriormente, a partir de O Homem de Aço, de 2013, foi bastante esquecido para vermos novidades advindas de agora. Entretanto, certos aspectos ainda foram resgatados para tudo continuar e é neles que a DC pode se basear.
Assim surgem as propostas de Mulher-Maravilha 1984 e Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa. A primeira é a mesma personagem (ainda interpretada por Gal Gadot), na qual fez sucesso com seu filme solo, além de ter aparecido em Batman vs Superman. Talvez, de tudo feito até esse momento pela Warner, Diana tenha sido uma das poucas unanimidades por toda sua representação feminina. A segunda advém do péssimo Esquadrão Suicida, porém acabou transformando-se em um símbolo dentro da cultura pop. Talvez a única coisa que realmente tenha ficado daquela produção, além das lembranças do esquecido Coringa feito por Jared Leto – definitivamente reconhecido como o pior a fazer o vilão.
Outra vinda bem interessante poderá ser a de The Batman, longa feito por Matt Reeves, diretor da trilogia Planeta dos Macacos. Uma das questões para corroborar isso é a proposta bastante ousada de colocar um ator como Robert Pattinson, na qual ainda é lembrado pela saga Crepúsculo, como personagem título. Ele deverá ser o grande chamariz dessa produção, que terá estreia pelo mundo afora apenas em 2021. A espera vai ser bem grande, todavia essa seja uma das maiores expectativas vindas pelos próximos anos. Será que teremos uma conexão com o universo de Coringa?
2019 já acabou para a DC nos cinemas. Nenhum outro lançamento virá pela frente após a recepção positiva da maior parte das pessoas em Shazam! e Coringa. Entretanto, tudo isso foi um claro sinal bom pela frente. Após muito tempo vivendo na sombra da Marvel, especialmente no quesito de mundo compartilhado, parecemos ver os primeiros passos em cima de uma aclamação quase total. Essa produção é, definitivamente, um pontapé para pensar em um trabalho mais apurado e não tão louco como feito anteriormente. A pergunta que fica é: isso vai ser feito? Bom, para esperar algo da Warner já são outros quinhentos…