RESENHA: Kingsman: O Círculo Dourado
Kingsman: O Círculo Dourado é a continuação do sucesso de 2014 Kingsman: Serviço Secreto. Aqui, o diretor Matthew Vaughn aposta no mesmo ritmo de ação desenfreada e humor que fez do primeiro filme um sucesso. Sendo assim, as famosas cenas de ação, a comédia hilária e referências a cultura pop podem ser esperadas nessa sequência.
A trama se desenvolve quando Poppy (Julianne Moore), dona de um cartel que movimenta o consumo de variadas drogas ilícitas por todo o mundo, coloca um veneno em seus produtos, com o objetivo de infectar toda a população consumidora e levar esses a morte. A única maneira de deter isso é se presidente dos Estados Unidos legalizar o consumo delas. Isso sendo feito, ela liberaria o antídoto do seu veneno para toda a população afetada e se tornaria a maior empresária do novo ramo legal de atividades comercias.
Poppy segue o mesmo conceito de vilão de Valentine (interpretado por Samuel L. Jackson) no primeiro filme, sendo caricata e excêntrica em seu covil maligno no meio do Camboja. É possível ver seu amor pelo estilo vintage, sendo essa também poderosa e influente, mas extremamente frágil. As grandes sequências de ação acabam ficando a cargo de seus capangas e Eggsy (Taron Egerton) contra todos os integrantes da Kingsman. Aqui o longa traz uma novidade, já que os integrantes da organização americana Statesman utilizam vestimentas e gadgets (apetrechos) extremamente americanizados, totalmente contrários as roupas de gala dos britânicos. E a obra assim segue, com seus personagens estereotipados e sua ação sensacional. A coreografia de combate é, mais uma vez, impressionante.
O filme possui alguns problemas de ritmo, sempre acabando diminuindo a velocidade da narrativa antes de uma grande cena de ação acontecer, se tornando grandes vales, como uma queda e retorno. Mesmo assim, esses momentos pouco atrapalham diante do roteiro repetitivo, que deverá agradar os fãs de Serviço Secreto.
Vamos aos aspectos da trama em si. Aqui podem existir informações que você pode considerar spoiler, então, siga adiante por sua conta e risco!
Logo no começo do longa, o destaque vai para a vida de Eggsy, sendo ele uma pessoa que não preza pelos relacionamentos casuais, algo comum para os agentes secretos da cultura pop. Ele continua seu romance com a princesa Tilde, que resgata no final do primeiro. A falta que Harry Hart (interpretado por Colin Firth) faz em sua vida cria uma grande angústia dentro de si mesmo, já que ele o creditava como sua figura paterna.
Logo em seguida e com toda a Kingsman destruída, como mostrado no trailer, vemos outro ponto interessante dessa série de filmes que não teme em eliminar personagens. Nesse momento, Harry é reapresentado na trama, tirando certo peso para os falecimentos anteriores, afinal de contas, nunca podemos saber quando um novo gadget salvador de vidas pode aparecer do nada!
O destaque em tudo aqui vai para a ação desfreada e catártica, que, mesmo assim, acaba sendo extremamente repetitiva. As coreografias são interessantes e o uso de slow motion se torna frequente, mas com uma grande fluidez, o que faz com que o peso das brigas seja grande.
Em relação ao roteiro, ele também se equipara muito, mesmo tendo uma história menos forte. Uma das melhores tramas aqui é, sem dúvida, a saúde mental de Harry, já que durante o filme suas decisões são questionadas, tendo como base acontecimentos anteriores, o que deixam o espectador na dúvida de quem todos são ali, não podendo confiar muito em ninguém.
Nota:
Resumo
No fim do dia, Kingsman: O Circulo Dourado é um bom filme que só perde para seu antecessor por justamente não ter o frescor da novidade, como a cena marcante da Igreja. Apesar disso, é uma ótima adição de ação e comédia para seu dia. Tirando algumas pequenas falhas aqui e ali, se sustenta como uma ótima sequência para o original e ainda conta com uma participação sensacional de Elton John, que tirou risadas de todos na sala do cinema, como já esperado.