Vingadores: Guerra Infinita é a culminação perfeita de 10 anos de Marvel nos cinemas
Antes de começar deixamos avisado aqu:, embora eu vá falar o mínimo possível sobre os personagens individuais para evitar o máximo possível de spoilers, existe a possibilidade de terem alguns no texto.
Desde que eu comecei a acompanhar e estudar cinema, Vingadores: Guerra Infinita é o filme para o qual eu tinha a maior expectativa. Isso se deve ao fato de eu ser fã de HQs desde pequeno e também porque eu literalmente cresci assistindo aos longas do universo cinematográfico da Marvel no cinema, desde o Homem de Ferro quando eu tinha acabado de fazer 14 anos. Tendo dito isso fico muito feliz de poder dizer que Guerra Infinita ultrapassou todas as minhas expectativas, mais do que qualquer coisa que eu esperava.
Vale a pena já deixar uma coisa bem clara aqui: apesar da obra ter o título que tem, esse não é um filme dos Vingadores, mas de Thanos. Sim, quase todos os personagens que amamos e conhecemos ao longo dessa jornada estão presente. Sim, eles são desenvolvidos e todas as suas diferentes histórias são avançadas. Mas esse ainda é um espaço para Thanos, se tornando um dos pontos mais fortes. Esse fato porque a empresa finalmente está conseguindo vencer seu maior problema, logo após Pantera Negra: os seus vilões “fracos”, com motivações sem sentido ou simplesmente desinteressantes.
A história, já na primeira cena, entrega o que vem prometendo desde o final do primeiro Vingadores. A chegada de um vilão com tanto poder que é impossível não ficar até o fim da projeção temendo pela vida de todos os heróis. Mesmo assim, não é só na parte do poder que ele se mostra superior, mas o seu propósito de estar fazendo o que faz também é apresentada desde a primeira cena. Coletar as seis joias do infinito e com o poder dessas balancear o universo matando metade de toda a vida existente. Com essa ideia em mente, o antagonista da obra chega em um nível gigantesco de demonstração de propósito. Ele não tem medo de passar por cima de qualquer situação que tenha.
Uma das melhoras coisas no filme é que ele é claramente algo da própria Marvel, com todas as piadas que esperamos, os momentos mais dramáticos e afins. O grande ponto é que, diferente de todos os outros, Guerra Infinita não segue aquela estrutura de três atos que já estamos acostumados. O longa é divido em três núcleos: um liderado por Capitão América, um pelo Thor e um pelo Homem de Ferro, cada um desses está em uma jornada diferente, mas todos tem o mesmo objetivo final. Em alguns momentos os personagens acabam por se alterar e participarem um do outro, mas a liderança e o comando da ação sempre se faz presente com o trio. O grupo liderado por Steve Rogers é zonde se concentra a maior parte dos heróis e tem como objetivo defender a joia da mente, aquela usada para criar Visão em Vingadores A Era de Ultron. A equipe liderada por Tony Stark é a responsável por defender a joia do tempo, a que fica dentro do colar do Doutor Estranho. Já o grupo liderado por Thor não tem como objetivo a defesa, mas sim conseguir uma arma capaz de matar o temível vilão.
Vingadores: Guerra Infinita é a culminação perfeita para esses 10 anos de MCU. Ele cumpre o prometido pela Marvel de fechar as pontas soltas deixadas no decorrer dos últimos 18 filmes. É o fim de um ciclo e um início de um novo, mas entenda isso como algo não necessariamente positivo. Apesar disso, não é a real finalização dessa jornada. Para saber ela, teremos que esperar até ano que vem.