5 discos que falam sobre política
Vivemos momentos turbulentos. Em um período de conflitos e de um segundo turno entre Lula e Bolsonaro, é impossível qualquer eleitor brasileiro se manter neutro dentro de toda essa situação. Por isso, nada melhor que refletir com discos! E o Senta Aí faz uma lista de 5 álbuns polítícos aqui:
Rage Against The Machine – Rage Against The Machine (1992)
Não dá para fazer uma lista dessas sem falar de uma das bandas que mais usa a música como instrumento político. No caso, o Rage Against The Machine que, em seu álbum de estreia, já mostrou de forma bem direta tudo que pensavam. São diversas as músicas que falam da temática diretamente, sempre em um viés revolucionário de esquerda que a banda gosta de demonstrar. Além de um fortíssimo álbum de metal/rap-metal, tem política de cabo a rabo.
Construção – Chico Buarque (1971)
Bom, trazendo para o panorama nacional, impossível também não trazer Chico Buarque. O artista foi um dos mais ativos ao escrever e produzir músicas com críticas ao regime militar no período da Ditadura. E fez isso, em diversas ocasiões, através de brincadeiras e com canções quase que não parecem realmente o que são. Talvez até por isso muitas delas foram liberadas pelo grupo de censura.
Brasil – Ratos de Porão (1989)
O punk é outro movimento central dentro da produção política pelo mundo. E não seria diferente em nossas terras. O Ratos de Porão faz em Brasil um disco que mistura todo um sentimento de impotência e tristeza de um país pós-ditadura, ao mesmo tempo que cheio de esperanças que algo seria melhor dali para frente. É uma grande melancolia, mas presentes em guitarras agressivas e uma voz semigutural de João Gordo.
What’s Going On – Marvin Gaye (1971)
Pode não parecer, mas Marvin Gaye faz um grande disco de um sentimento de época em What’s Going On. É um álbum repleto de referências ao momento, desde o sofrimento dos negros, muito limitados pelas leis em vigor nos Estados Unidos naquele momento, até mesmo a política de controle em toda parte. Por isso, o artista faz do questionamento do título uma forma de afirmação.
Arular – MIA (2005)
Outro álbum de estreia nessa lista e mais um em que nada é realmente o que parece ser. A priori, podemos pensar em MIA estar produzindo um disco focado nas batidas, danças e tudo mais. Contudo, atrás desse véu, temos uma letra nada simplista e que vai ganhando contornos e camadas a cada nova ouvida. A própria artista diz que o CD se baseia nas “ideias revolucionárias” do pai.