Você conhece a Netflix dos contos?
“Os contos não são visados pelo mercado literário. Eles são publicados de maneira independente ou pelas editoras com nomes de autores renomados”. A partir dessa fala, Erik Avilez começou a perceber a força e a inexploração que o mercado de contos possui não apenas no Brasil e no mundo, segundo o próprio. Com isso, veio o pensamento: por que não trabalhar com o que amava (escrever) e fazer isso com uma assinatura? Por isso tudo ocorreu também tão rápido: “Ao longo de três meses o projeto ganhou forma, ganhou escopo e, em três meses e meio, o Clube Atlas estava no ar”.
Dono de um currículo invejável, apesar da pouca idade, Avilez já escreve há quase 12 ou 13 anos. Dentre suas participações em variados projetos, Erik já lançou um livro de maneira independente em 2012, participou da coletânea O Rei Amarelo, da Editora Draco, participou do site Cinema com Rapadura (atualmente atua como crítico lá), co-criou o site PontoJão e ainda trabalha com tradução literária desde 2011. A paixão por contos, na qual ele escrevia a algum tempo, veio de Neil Gaiman, um de seus autores favoritos. “Eu encontrei o mundo dos contos através da coletânea de contos Coisas Frágeis [publicado há tempos no Brasil pela Editora Conrad]. E uma das coisas que ele comenta é que ele se sente muito sortudo de ter conseguido por publicar muitos livros de contos porque isso costuma ser uma espécie de ‘hobbie de luxo'”, comenta Avilez.
Mas, afinal, o que é o Clube Atlas? Seria uma espécie de Netflix dos Contos, se é que pode ser chamada assim. Na verdade, como o próprio site do projeto diz, é “um clube de assinaturas para receber semanalmente histórias exclusivas e de qualidade”. Com os mais diferentes gêneros (da comédia, romance até o horror), quem assina ganhará cada uma semana um conto novo em seu e-mail ou até fisicamente, dependendo do valor da assinatura.