Crítica – Lover (Taylor Swift)

Taylor Swift está de volta com seu álbum Lover. O sucessor de fase cobra da cantora (aquela demarcada por “Look What You Made Me Do”) reconecta o público com a antiga Taylor, a que tinha morrido. Mas não espere encontrar a mesma garotinha inocente e apaixonada que escreveu o Speak Now; Aqui, apesar de ainda apaixonada, é uma mulher madura e com mensagens para passar, fruto de toda as situações que culminaram no Reputation.

E, apesar de madura, ensinou crianças a soletrar no fraco single principal de sua nova fase, o “Me!”. A parceria com Brendon Urie, vocalista do Panic! At The Disco, introduziu muito bem a estética fofa e divertida da fase Lover e, apesar de ter caído muito bem na voz da Taylor, ainda fica para trás comparada a qualquer outra música do álbum. Como, por exemplo, o single seguinte “You Need To Calm Down”, a divertida e bem produzida faixa com teor político, na qual era a peça que faltava no reportório da Taylor; E “The Archer”, a reflexiva e poderosa faixa (claramente) produzida por Jack Antanoff

O CD segue na mesma nota, sendo as divertidas “London Boy”, “I Think He Knows” e “Cruel Summer” e as reflexivas ficam por conta de “Cornelia Street”, uma linda composição apenas de Swift, “Lover”, a faixa título, que como o nome sugere, é super romântica, e “False God”, que realiza uma analogia inteligente. E, por favor, alguém liga para a Beyoncé, porque encontramos a prima de segundo grau de “If I Were a Boy” na ótima “The Man”.

Em “Soon You’ll Get Better”, Taylor conta com a ajuda do Dixie Chicks para segurar o vilão novamente e criar uma emocionante faixa que, acompanhada de “It’s Nice To Have a Friend”, dá um respiro no bubblegum pop do trabalho apresentado. Enquanto isso, “Miss Americana” e “Death By a Thousand Cuts” são as filhas do melhor que o Reputation tinha para oferecer.

Sendo o primeiro álbum em sua nova gravadora (e o primeiro que ela é dona – CHUPA SCOOTER BROUN!!!!), Taylor Swift entrega um bom material, extremamente coeso e bem trabalhado. Sem em nenhum momento se tornar repetitivo, ele pode não ser a obra prima da cantora (vai ser difícil alcançar Red), mas já é inegável a melhora em relação ao anterior. Lover parece trilhar novos caminhos e buscar – novamente – um novo rosto, uma nova face para a já conhecida artista.

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