Eis os motivos de Círculo de Fogo ser tão único
Com a estreia de “Círculo de Fogo: A Revolta” e suas consequentes críticas extremamente negativas, o filme de origem dessa nova franquia ganhou um verdadeiro novo destaque. Para além de ser uma boa obra cinematográfica, o longa possui seu fator de originalidade e unicidade que gerou uma verdadeira pérola para os blockbusters nos últimos anos. E os motivos? Bom, eles são muitos.
É importante ressaltar o realismo que o diretor Guillermo Del Toro pensou naquele universo, com os robôs e as criaturas criadas. A direção de arte e a produção em torno dos sets é absurda, fazendo qualquer um ficar de queixo caído. Além disso, a câmera de Del Toro ostenta muito suas criações, com elas passando em torno de cada uma delas, gerando sempre a ideia de alguma muito maior que o ser humano, como se fôssemos apenas uma pequena engrenagem das máquinas.
Para além disso, o lado da diversão e o narrativo nunca são esquecido. O roteiro da trama não se esquece que se trata de um filme sobre monstros contra robôs gigantes e deixa as batalhas mais interessantes e mais impactantes para o público, já que existe uma importância perante aos personagens que se encontram dentro dos robôs. Com esse envolvimento emocional, os telespectadores se conectam com a trama de uma forma perfeita, fazendo com que o comando da obra se torne impecável e com que qualquer nerd abra um sorriso no rosto.
Essa visão única do longa também adentra no lado de atuações e das personalidades. Todos envolvidos na produção, exceto por Charlie Hunnam, estão muito bem em seus papéis. Cada traço cria protagonistas com camadas importantes para a linha narrativa, além de interessantes de se acompanhar. Talvez esse lado seja muito bem representado pela participação curta de Ron Perlman, que enche de presença na história.
Por fim, é impossível não destacar a qualidade da trilha sonora feita por Ramin Djawadi, que também compõe em “Game of Thrones”. A faixa título realizada em conjunto com o guitarrista Tom Morello (da banda Rage Against The Machine) ecoa na cabeça de muitos até hoje, ilustrando e construindo as situações épicas do longa.
“Círculo de Fogo” é um dos melhores filmes da cultura nerd desses últimos anos. Seu fator de originalidade e diversão o tornaram algo em um patamar acima de obras com robôs gigantes. Era muito difícil chegar em um trabalho assim, mas a junção de fatores causou algo totalmente único, que – provavelmente – não deverá ser visto em muito tempo no cinema.