Nos 100 anos de José Samarago, cinco livros essenciais

Se estivesse vivo, o escritor português José Saramago completaria, neste dia 16 de novembro, 100 anos. Uma série de homenagens tem sido divulgadas para um dos maiores autores de todos os tempos, e extremamente marcante na literatura do século XX. Entre suas maiores conquistas, estão o Prêmio Nobel de Literatura em 1998 e o Prêmio Camões, em 1995, a mais importante laureação da literatura em língua portuguesa.

Morto em 2010 aos 87 anos por causa de uma leucemia crônica, o escritor deixou uma vasta obra e um longo pensamento a ser analisado por diversas gerações no futuro. Por isso, em sua celebração, o Senta Aí destaca cinco livros essenciais para conhecer José Saramago:

– Levantado do Chão (1980)

Esta é a história dos Mau-Tempo, família de lavradores do Alentejo cuja trajetória, do início do século XX até a década de 1970, é contada com o arsenal dos melhores fabulistas e o olhar generoso dos grandes críticos sociais. É também a narrativa das mudanças que um país saudoso de poder e glória atravessaria ao longo do tempo; e da luta de muitos de seus cidadãos oprimidos para assegurar uma vida mais digna no campo e na cidade.

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– O Homem Duplicado (2002)

O professor de história Tertuliano Máximo Afonso descobre, certo dia, que é um homem duplicado. Ao assistir a um vídeo, ele se reconhece em outro corpo, idêntico ao dele próprio: um dos atores do filme é seu sósia.

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– O Ano da Morte de Ricardo Reis (1984)

A notícia da morte de Fernando Pessoa, telegrafada de Lisboa pelo companheiro de heteronímia Álvaro de Campos, faz Ricardo Reis decidir-se a retornar imediatamente a Portugal. Como logo percebem os funcionários do hotel onde ele se hospeda na noite tempestuosa da chegada a Lisboa, Reis possui um temperamento formal e comedido. Gosta de fechar-se em seu quarto, aparecendo quase somente nos horários das refeições ou nas saídas e chegadas de suas perambulações solitárias pela cidade. Enquanto espera tranquilamente a hora de ir juntar-se ao seu criador, assiste pelos jornais ao espetáculo do mundo e às vezes compõe versos dedicados à camareira do hotel ou a uma jovem hóspede com a mão esquerda paralisada.

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– O Evangelho Segundo Jesus Cristo (1991)

O filho de José e de Maria nasceu como todos os filhos dos homens, sujo de sangue de sua mãe, viscoso das suas mucosidades e sofrendo em silêncio. Chorou porque o fizeram chorar, e chorará por esse mesmo e único motivo.

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– Ensaio Sobre a Cegueira (1995)

Um motorista parado no sinal se descobre subitamente cego. É o primeiro caso de uma “treva branca” que logo se espalha incontrolavelmente. Resguardados em quarentena, os cegos se perceberão reduzidos à essência humana, numa verdadeira viagem às trevas.

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Comentários

Cláudio Gabriel

É apaixonado por cinema, séries, música, quadrinhos e qualquer elemento da cultura pop que o faça feliz. Seu maior sonho é ver o Senta Aí sendo reconhecido... e acha que isso está mais próximo do que se espera.

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