Testamos o HBO Max – e aí, é bom?

Chegou ela. Não, não a Camilla de Lucas do BBB21, mas sim a HBO Max. Esperada por tantos como uma possível grande rival dos serviços de streaming em domínio no país – especialmente a Netflix e o Disney+ -, o streaming chegou cheio de esperança. O problema é que, logo na tacada inicial, percebeu-se algumas questões que podem gerar preocupação nos usuários. Se será algo eterno ou passageiro apenas, a ver, contudo é curioso como, mesmo já estando bastante tempo em atividade nos Estados Unidos, a Warner não tenha conseguido construir um aplicativo completo, minimizando o defeito.

O Senta Aí resolveu testar diversas operacionalidades do HBO Max e conta aqui como que foi.

O preço

Importante começar com o que talvez mais interesse aos consumidores. E, nesse quesito, talvez até tenhamos que parabenizar o novo streaming. Há alguns valores mais altos dos anuais, porém a HBO Max entra no mercado nacional com dois planos de grande impacto: os mensais. No primeiro, as multitelas são apenas para celular e tablets, ou seja, aparelhos móveis. Nesse, é possível pagar o preço de R$9,95 por mês enquanto durar a assinatura do plano mensal, mas só é possível assistir em um por vez. Já no segundo, por R$13,95, o acesso se estende para computadores, TV e mais. Nesse, o valor permite também assistir com 3 telas ao mesmo tempo. Essas ofertas, entretanto, só valem até o último dia de julho.

São preços interessantes para uma entrada de disputa no mercado já aquecido. Importante lembrar que quem lidera os valores ainda é a Netflix, que cobra por volta de R$40. Enquanto isso, players menores tentam se estabilizar na faixa dos R$9,90 – caso da Apple TV+ e Prime Video.

Tela inicial. Foto: Reprodução

A usabilidade

Bom, aí talvez se encontre o principal problema por parte do serviço. Testando todas as possibilidades de clique a partir da tela inicial é até curiosa a forma que o catálogo é reunido. Fica claro como o serviço aproveitou coisas que era mal agendradadas no HBO Go, como, por exemplo, a seleção de trilogias ou séries de filmes em conjunto. É um elemento que gera um certo olhar mais apurado e até curador para a plataforma.

No entanto, há uma certa dificuldade em encontrar um catálogo próprio. O Senta Aí chegou a colocar alguns nomes de cineastas ou gêneros de filmes e o serviço de pesquisa misturava muita coisa junto. Ok, é algo que pode ser aperfeiçoado com o tempo, porém a Netflix continua sendo a que melhor consegue utilizar isso e facilitar a conexão.

Em outro detalhe percebido, a lista pessoal do usuário fica apenas na tela inicial, nunca aparecendo em outras localidades, como poderia ser quando escolhida a aba de séries (em que estivessem lá todas a que a pessoa colocou na lista). Além disso, na aba esquerda de pesquisa também não é possível encontrar esse lado mais individual por parte do usuário.

A divisão por gêneros também na esquerda parece ser bastante limitada, o que pode causar também uma certa dificuldade em encontrar determinado título que se procura especificamente.

E para assistir?

Outra coisa extremamente importante e, em muitos casos, pouco levada em conta. O site testou as diferentes formas de assistir através do filme Space Jam. O HBO Max rodou de forma interessante sempre, apenas com algumas pausas por conta de uma conexão um pouco mais fraca de internet. O andamento da produção é junto da aba em que a pessoa está, ou seja, caso o usuário esteja assistindo algo e vá responder uma mensagem no Whatsapp do computador, a reprodução é pausada. Em termos de qualidade de imagem e do player, nada a reclamar.

Contudo, um aspecto virou alvo de críticas não apenas aqui, mas também da internet: as legendas. Dentro do aplicativo no celular, ela até roda de forma interessante, se portando no meio da tela, como em qualquer outra plataforma de streaming. Contudo, quando usada pelo computador, ela fica direcionada para a esquerda. Buscamos diversas formas de isso poder ser alterado, só que não encontramos nenhuma. Cheguei também a dar play em outras produções para observar se isso era algo recorrente e percebemos que sim.

Apenas como curiosidade, a plataforma não permite tirar prints. Quer dizer, até permite, porém as imagens ficam sempre vazias. Tiramos para mostrar como a legenda ficava e dá para perceber essa questão, ao mesmo tempo do problema da legenda.

Exemplo de print e legenda no filme Space Jam (1996). Foto: Reprodução

Afinal, vale a pena?

Contando os prós e contras, o HBO Max chega com peso de ser uma plataforma de disputa ainda do time “b”, com Globoplay, Prime Video, entre outras. Tem grandes possibilidades de alcançar mais potencial e conseguir angariar um público com sua grande quantidade de conteúdo no catálogo, que vêm desde os primórdios da Warner Bros. – lá é possível encontrar o King Kong original, de 1933, por exemplo -, até coisas mais recentes e hypadas – como Mulher-Maravilha 1984 e os futuros lançamentos (caso de Duna).

Pelos preços e tudo que foi apresentado nesse texto, podemos dizer que sim. Mas o aplicativo vai ter que buscar se portar cada vez melhor para conseguir não irritar tanto seu público. Esse mesmo, ávido por consumir tudo que o streaming tem disponível para assistir por horas e horas.

Comentários

Cláudio Gabriel

É apaixonado por cinema, séries, música, quadrinhos e qualquer elemento da cultura pop que o faça feliz. Seu maior sonho é ver o Senta Aí sendo reconhecido... e acha que isso está mais próximo do que se espera.

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