Harry Styles faz show empolgante e enérgico em sua passagem pelo Rio

Quando foi anunciado que um dos principais ex-integrantes do grupo One Direction, Harry Styles, faria um álbum solo, os principais sentimentos ao redor do assunto eram dúvida e expectativa. No momento em que o disco homônimo saiu, em 12 de maio do ano passado, a aclamação veio justamente pelo álbum seguir caminhos diferentes do que era esperado, apresentando um trabalho com influências do rock clássico dos anos 60 até o brit-pop dos anos 90. Sendo assim, após a devida espera, Harry chega ao Brasil na turnê oficial de seu disco, quatro anos após sua última visita ao país. A primeira parada dessa curta passagem ocorreu no Rio de Janeiro, no último domingo (dia 27 de maio), pouco mais de um ano após o lançamento do disco.

A abertura da noite foi de Leon Bridges, cantor cujo repertório apresenta uma mistura entre soul, R&B e blues. Apesar de empolgante no início pelo ritmo dançante e uma excepcional instrumentalização, o show acabou se tornando cansativo, devido à repetição e uma certa fuga do que se esperaria para o principal da noite. “River”, “Bet Ain’t Worth the Hand” e “Louisana Sun” foram algumas das faixas apresentadas.

Pouco mais de oito horas da noite, Styles entrou no palco da Jeunesse Arena com “Only Angel”, uma das canções mais pesadas e empolgantes de seu trabalho autoral. Seguindo com “Woman”, ele fez a platéia cantar em coro o refrão e com alguns berros pela admiração da antiga fase do artista.

Foto de: Marcela Bonafé/CAPRICHO

Depois da apresentação com algumas palavras em português, “Ever Since New York”, “Two Ghosts” e “Carolina” marcaram um momento mais serene da apresentação, com seu grupo de apoio parecendo ir se aquecendo e a voz melhorando. Mesmo assim, o público presente no local – que teve ingressos esgotados – sabia todas as letras e entoava em uma só voz cada música.

O primeiro momento ápice aconteceu em “Stockholm Syndrome”, canção do One Direction, que gerou uma grande histeria de gritos. O cover de Ariana Grande, “Just a Little Bit of Your Heart”, “Medicine” e “Meet me in the hallway” fecharam essa etapa inicial, fazendo com que o cantor começasse a se empolgar em níveis absurdos. Já mais relaxado, teve tempo até de algumas brincadeiras com o público, como um malabarismo com bolas que uma fã trouxe.

“Sweet Creature” e “If I Could Fly” (outra de sua antiga banda) fizeram alguns momentos baladas no qual puderam ser vistos muitos celulares com suas luzes acessas, gerando um clima bonito na arena.

O momento parecia de maior calmaria, já que “Anna” e “What Makes You Beautiful”, apesar de muito celebradas e cantadas, foram realizadas de uma forma um pouco mais lenta.

Tudo isso para a chegada do épico “Sign of Times”, no qual teve juras do vocalista que não demoraria muito tempo para voltar ao Brasil e que esse estava sendo um dos melhores shows da turnê inteira, sempre agradecendo o carinho do público.

Foto de: Renan Firmino/ItsFirmino

Saindo para o encore, Harry voltou com “From the Dinning Table”, aonde todos os presentes ficaram calados apenas para ouvir sua voz. Esse momento belíssimo teve o contraste logo em seguida com o cover de “The Chain” do grupo Fleetwood Mac, no qual faz parte de um álbum de 1977, mostrando as influências para sua gravação. “Kiwi” fechou de uma maneira extremamente roqueira o concerto, empolgando todos os presentes.

Styles mostrou em sua apresentação, que durou um pouco mais de 1h30min, que tem fôlego para se tornar um dos maiores nomes do rock e da música durante os próximos anos. Sua base de fãs já pode confirmar, visto as constantes lotações nos lugares que passa. A sombra que o acompanhou durante um certo tempo já não chama atenção devido à personalidade do artista. Parece que o nome One Direction já é passado mesmo. Harry Styles é o futuro.

Comentários

Cláudio Gabriel

É apaixonado por cinema, séries, música, quadrinhos e qualquer elemento da cultura pop que o faça feliz. Seu maior sonho é ver o Senta Aí sendo reconhecido... e acha que isso está mais próximo do que se espera.

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