Cobertura Festival do Rio 2019
Nessa postagem falaremos sobre todos os filmes vistos durante o Festival do Rio 2019 (veja nossa cobertura do evento em 2018 aqui), com breves comentários sobre todos. Os que tiverem críticas com maiores detalhes dos longas em si estarão com o link embaixo:
. Uma Mulher Alta
Nota: 3,5/5. Confira a crítica aqui.
. Diego Maradona
A vida de Diego Armando Maradona nunca foi uma total felicidade. Algo mais para desgovernado, sem um senso muito claro de direção ou até de uma possível fuga da realidade. Por isso, um carro sem controle representa bem toda essa vida complexa de um dos maiores personagens da história de futebol da Argentina. E é com essa iconografia que o cineasta Asif Kapadia (responsável também por Senna e Amy) abre o documentário Diego Maradona.
Kapadia, por trabalhar há bastante tempo com a estética do real, traz uma busca insana por quase uma transposição de época. Não há entrevistas diretamente com personagens dessa trajetória de Maradona, mas sim voice-overs e diversas imagens históricas dessa persona. É interessante como, ao trazer isso, ele não incia de sua juventude, mas de uma ida para o ápice do seu futebol, quando Diego chegou no Napoli, da Itália. Lá levou o clube, até então pequeno e em uma cidade pobre, a uma das equipes mais fortes do país durante alguns anos.
Mesmo assim, falta uma maior coesão nas sutilezas de mudar os assuntos. Quando aparece o elefante na sala – a questão do vício em drogas dele -, a direção parece não saber bem como contar isso com maiores detalhes. Passa por cima disso tudo, até realmente aliviando um pouco tudo pela “personalidade” do jogador. Ele, tratado como um deus em seu país natal, parece ter quase um passe livre a fazer tudo. Quando a obra vai, enfim, confrontar esse elementos, a projeção finaliza, o transformando em uma figura quase perfeita. Bom, para um documentário, talvez Diego Maradona não parece ter tratado da maneira melhor possível.
Nota: 2,5/5
. Synonymes
Nota: 4/5. Veja a crítica aqui.
. Tommaso
O novo filme do revigorante cineasta – mais reconhecido pela ação e terror – Abel Ferrara, é uma obra extremamente particular. Ele parte de um pressuposto quase simplista e uma história de um homem em crise. No caso, esse é Tommaso (Willem Dafoe), como no título, que é um artista americano vivendo sua vida na Itália, com um relacionamento complexo com sua esposa após o nascimento da filha de ambos.
A partir dessa abordagem, Ferrara destaca uma trama, que tem traços frequentes no experimentalismo, meio circular, sempre andando na mesma toada. O protagonista vive em base de algumas situações cotidianas: briga com a esposa, ir ao encontro de alcóolicos anônimos, assitir a aula de italiano e dar aulas de atuação. Ele, um ator e roteirista, busca fazer o seu trabalho ideal e celébre, porém acaba sempre sendo travado por essas circunstâncias do dia a dia. Sua esposa, Nikki (Cristina Chiriac), reclama da falta que o marido faz na companhia da família, por exemplo.
A direção traz esse conceito circular até na sua própria linguagem, estabelecido mais contundenetemente pelas câmeras confusas, alternando entre planos fechados, abertos e câmeras circulares, causando até movimentos de ser praticamente impossível entender o que teria acontecido em tela.
Mesmo com toda essa questão, falta uma carga maior interna dentro da produção. Tommaso parece um filme interessado em diversas situações cada vez mais complexas, trazendo uma relação entre verdade/mentira constante. Não sabemos, especialmente a partir da metade, se estamos vendo algo realista ou uma condição totalmente lúdica – algo mais em choque na relação com as personagens femininas. O longa, assim, até tenta buscar seus pequenos eixos temáticos como elementos a favorecer seu trama. Entretanto, parece muito mais inchado e tentando ser complicado em suas pretensões do que isso.
Nota: 2/5
. Deerskin: A Jaqueta de Couro de Cervo
Nota: 4/5. Veja a crítica aqui.
. O Traidor.
Nota: 2/5. Veja a crítica aqui.
. O Filme do Bruno Aleixo
Personagem – e universo – criado pelos portugueses João Moreira e Pedro Santo, Bruno Aleixo virou uma grande febre dentro do youtube lusitano. O sucesso foi tão avassalador, por volta de 2008 até 2011, que essa mistura de cachorro e Ework (do Star Wars) ainda é rememorado com certo carinho até dentro do Brasil.
Por isso, em busca de continuar o sucesso, O Filme do Bruno Aleixo busca fazer uma espécie de jogo de metalinguagem. O protagonista é chamado por uma produtora portuguesa afim de realizar um filme biográfico sobre sua vida, porém não necessariamente sendo tudo realista. Ele, em uma discussão com seus outros amigos, busca ideias para fazer uma história boa de ser realizada. Nessa simples premissa, já dá as caras um caráter até bastante óbvio: se seria possível conseguir segurar esse enredo em um longa.
Bom, e a resposta é não. A direção, também de João e Pedro, até sabe brincar bem com as diversas referências e criam um primeiro ato realmente divertido e engraçado. O problema acontece quando uma história tenta se sobrepor a outra, sem um verdadeiro objetivo claro a ser seguido, além de uma dessas tramas dominar quase por completo a 1h30min de projeção. Ela causa um certo impacto de uma ironia inicial, contudo soa extremamente repetitiva. E nessa, a obra acaba caindo junto no mesmo balaio.
Nota: 2,5/5
. Sem Descanso
Em uma narrativa bem direta, o documentário de Bernard Attal reconstitui o caso do jovem Geovane, um homem negro e morador de favela, morto pela polícia militar da Bahia em 2014. Sem Descanso usa dessa história para abordar dois personagens principais impactados pela situação: seu pai e sua esposa. Ambos parecem ainda não entender o que aconteceu, além de buscar um fim digno a tudo na qual tiveram de passar – desde um abandono por parte do tratamento da polícia, até um esquecimento.
Attal tenta elucidar essa situação para trazer a tona as complicações de existir entre brancos e negros. Apesar de não focar especificamente numa questão racial, ele aborda sobre como a brutalidade policial tem sim uma característica de cor. Para isso, ultrapassa até a fronteira de país, chegando aos Estados Unidos em um caso similar, em que aconteceu em até períodos próximos de tempo. O interessante paralelo sobre as aproximadas maneiras de retratação para com a comunidade negra é um dos poucos momentos chaves nessa trajetória.
Isso porque o documentário parece um pouco perdido em suas diversas tentativas, além de, no meio disso, gerar uma certa confusão até especulativa dos entrevistados. A aparição do repórter do Correio é um dos casos mais emblemáticos disso, visto que ele vai e volta da história sem quase motivo aparente, não tendo um real ‘destaque’ que acaba por ser prometido inicialmente.
Sem Descanso ainda se utiliza de uma tentativa de encenação de alguns casos, na qual acaba fracasso retumbantemente, enfraquecendo ainda mais o potencial dramático simplesmente presente na fala dessas famílias sem esses jovens. Mesmo na sua importância de denúncia perante ao tratamento da polícia, talvez faltasse um maior foco único. Ao abranger para abordar sobre um pouco de tudo, o filme acaba ficando até mais vazio.
Nota: 2/5
. Adoráveis Mulheres
Nota: 3,5/5. Veja a crítica aqui.
. Um Lindo Dia na Vizinhança
Nota: 3/5. Veja a crítica aqui.
. Você Não Estava Aqui
Nota: 2,5/5. Veja a crítica aqui.
. Os Tradutores
Em sua premissa base, Os Tradutores parece, claramente, um filme de suspense bastante interessante. Isso pelo motivo de contar a história de 8 tradutores chamados para traduzirem o terceiro volume de um grande livro best-seller. Eles acabam trancafiados em um bunker secreto, tendo de realizar aquilo em apenas 2 meses. O maior problema acontece quando um deles acaba vazando o livro na internet, pedindo uma parcela de dinheiro em troca.
Nessa sua base temática, o longa de Régis Roinsard tenta estabelecer uma forte conexão temporal confusa. Indo e voltando no tempo, ele vai modificando as perpepções da audiência de quem poderia ser o responsável. Seguindo a risca tramas clássicas do gênero, algo vindo de Os 7 Suspeitos ou até Assassinato no Expresso Oriente, temos diversos protagonistas dentro dessa história para confundir a cabeça. Talvez o principal deles seja a figura de Alex (Alex Lawther).
Criada a boa base, a narrativa não faz nenhum esforço para se sustentar nesse meio. Tentando sempre se mostrar difícil ou qualquer outra coisa, os elementos vão se sobrepujando afim de chegar a lugar nenhum. Nesse sentido, lembra até bastante Truque de Mestre, incluindo chegar ao grande plot-twist final óbvio desde o ínicio. Assim, o filme, que poderia e parecia ir a diversos outros caminhos, fica só no seu lado genérico mesmo.
Nota: 2/5
. Lemebel, uma artista contra a ditadura chilena
Pedro Lemebel é uma das figuras mais interessantes na história da arte do Chile. Nesse documentário, na qual não segue uma linha tradicional sobre toda sua vida ou história, é buscado um olhar quase introvertido na sua figura. Joanna Reposi Garibaldi coloca toda sua narrativa como algo quase experimental, ao mesmo tempo que parece estar construíndo o filme enquanto o exibe. Nesse sentido, a obra soa como uma bela homenagem para sua figura.
Entretanto, o artista era tudo menos cansativo ou chato. Ele, que trabalhou como jornalista, escritor, performer e artista visual, sempre foi um ser de extremo talento, além de chamar a atenção para todos os caminhos possíveis de observar sua personalidade. O longa aqui, no entanto, soa extremamente simplista para abordar tudo que ele foi. A morte, algo presente ali desde o início, parece ser esquecida logo depois. Tudo é quase sempre superficial dentro da sua persona.
Acima de tudo, Lemebel, uma artista contra a ditadura chilena não retrata o que fala no seu título. A ditadura chilena, sempre bastante criticada por Lemebel, é simplesmente um minicapítulo dentro do documentário. Mais uma frustração em algo no qual poderia se esperar muito. Ao fim, parece restar apenas traços de uma figura muito mais complexa que sua homenagem tentou ser.
Nota: 2/5
. Sem Seu Sangue
Alice Furtado começa sua trajetória em longas – anteriormente só havia feito dois curtas – em uma realização com grandes flertes experimentais. Sem Seu Sangue, a princípio, parece ser uma realização sobre juventude e a relação de amor para com uma figura enigmática, algo já retratado em outras produções, principalmente as que abordam paixões de famílias ricas e pobres. Entretanto, tudo se altera quando Silvia (Luiza Kosovski) acaba perdendo o namorado Artur (Juan Paiva) morto. Ela, então, tenta lidar com esse luto de todas as formas possíveis.
A cineasta constrói um primeiro ato bastante envolvente, usando uma mescla de imagens sempre a retratar um espírito livre daquelas duas figuras, algo também buscando nas cores da fotografia de Felipe Quintelas. Quando a interrupção ocorre devido ao falecimento, há verdadeira uma continuidade estética, porém simplesmente atreladas a a um vazio narrativo. Em mais de 40 minutos, vemos apenas uma personagem confusa com tudo e sempre se repetindo em mesmas sequências e acontecimentos. Essa confusão própria da protagonista poderia ser explorada de diversas formas, porém parece confusa naquele meio.
Felizmente, tudo retoma a um ponto intrigante no terceiro ato, quando a atmosfera de gênero toma conta. O terror vai crescendo aos poucos dentro do enredo, especialmente relacionados a um livro visto pela personagem em uma casa na qual estão. Nesse sentido, Alice mostra claramente suas referências em filmes de zumbis dos anos 30/40 e no giallo, buscando uma mescla entre as duas relações. Toda a figura de predador, assumida em uma questão autoconsciente na TV, vira algo ainda mais complexo e intrigante. Tomando essa forma finalizadora, Sem Seu Sangue consegue, ao menos, finalizar com uma tentativa estabelecidade inicialmente.
Nota: 2,5/5
. The Climb
Nota: 3,5/5. Veja a crítica aqui.
. Late Night
Nota: 3,5/5. Veja a crítica aqui.
. Três Verões
Nota: 2/5. Veja a crítica aqui.
. Boca de Ouro
Nota: 3,5/5. Veja a crítica aqui.
. M8 – Quando a Morte Socorre a Vida
Nota: 3,5/5. Veja a crítica aqui.
. Favela é Moda
Nota: 4/5. Veja a crítica aqui.
. O Farol
Nota: 4/5. Veja a crítica aqui.
. Zombi Child
Há uma clara intenção em buscar algo novo por parte do cineasta francês Bertrand Bonello, reconhecido pelo seu anterior trabalho em Nocturama. O problema é que Zombi Child, na qual estreou sob grandes aplausos no Festival de Cannes, parece apenas uma mera ação fetichista dentro do cinema da França para com zumbis do Haiti. Aliás, não apenas do país europeu, mas sim do mundo inteiro. A história relacionada a essa questão parece durar para sempre na sétima arte.
Na história, acompanhamos a menina Mélissa (Wislanda Louimat) em colégio para meninas. Ela acaba por ser parente de um antigo homem no Haiti que era zumbi. Assim, qual seria a relação dessa trama do passado com sua narrativa do presente? É um pouco disso a busca do longa. No entanto, parece mais uma tentativa de uma estética realmente maior do que uma realização cinematográfica.
A relação das duas linhas paralelas – da menina no presente e de seu parente no passado – são sempre mal colocadas. Enquanto no tempo anterior tudo carece de ritmo e desenvolvimento, na atualidade tudo fica mais intrigante, especialmente pela sua colega de escola Fanny (Louise Labeque), na qual vai ficando intrigada cada vez mais nessas questões. A obra, podendo deslocar seus questionamentos para uma relação social e racial na forma dos zumbis, acaba só aceitando essa “realidade”, usando para um mero entretenimento barato. Ah, e isso sem esquecer de expôr ao máximo todos os acontecimentos vistos pelo próprio público em tela.
Nota: 2,5/5
. Pacarrete
Nota: 2,5/5. Veja a crítica aqui.
. Pureza
O Brasil conta com uma série de figuras importantíssimas para sua história, mas que são desconhecidas do grande público, assim, todo esforço de tentar jogar um pouco de luz em uma dessas pessoas sempre é louvável.Pureza é baseado na história real de Pureza Lopes, que no inicio dos anos 90, peregrinou por três anos em busca de seu filho Abel, o que a levou a conhecer intimamente o mundo da escravidão brasileira.
Os momentos iniciais de Pureza são compenetrantes, e Dira Paes está irreconhecível. Cria-se toda uma atmosfera que estabelece muito bem a dureza daquele mundo. Quando uma enxada bate na pedra, o som é alto, forte. A fotografia alaranjada nos ambienta no calor do ambiente. Em poucos momentos, entendemos porque Abel quer sair daquela situação. Quando a narrativa chega na fazenda de trabalho escravo, o bom trabalho continua, e cria-se uma interessante dinâmica entre Pureza, os patrões e os empregados, com a protagonista usando de sua invisibilidade – quem liga para uma cozinheira? – para conseguir ajudar seus iguais e obter informações sobre seu filho.
Mas subitamente o longa quebra esse tom, e decide apostar em algo mais água com açúcar, melodramático, com direito a chuva repentina em cena de morte, e uma trilha sonora que marca o tempo todo o momento que o espectador deve chorar. Todos os momentos mais dramáticos funcionam de modo muito mecânico, com direito a sobe som de trilha sonora dramática, que se repete em todos os momentos. Assim, o longa nunca consegue voltar ao ritmo que estabeleceu inicialmente, e acaba se rendendo a algo mais americanizado. Se fosse americano, ganharia facilmente a alcunha de Oscar Bait, isca de Oscar.
Nota: 2/5
. Flores do Cárcere
Assistir Flores do Cárcere me remeteu muito a Torre das Donzelas. Ambos lidam com mulheres em situação de grande opressão, e como elas lidam com isso após sairem desse cenário. Esse conta a história de seis ex-detentas paulistas, que retornam a penitenciária que habitavam, que atualmente se encontra deserta, e refletem sobre os motivos que as levaram a chegar ali.
Assim como Torre das Donzelas, também há uma preocupação muito grande em representar passado, mas Torre não conseguiu articular muito bem essa questão, colocando breves sequências de atrizes interpretando as entrevistadas mais novas, sem muito efeito. Flores tem o beneficio de possuir imagens gravadas em 2005, e é interessante ver as diferentes perspectivas da experiência carcerária dessas mulheres. É um filme bem livre, não há interesse em comprovar teses, o foco é unicamente nessas pessoas. Uma personagem pode dizer que aprendeu muito na prisão, e na sequência, outra afirmar que não se aprende nada de bom lá.
Mas também é um documentário um tanto burocrático, e não se aprofunda tanto na vida da prisão, que logo é abandonado para vermos a vida das mulheres em liberdade. Curiosamente, as imagens mais interessantes do filme estão nos créditos. Vemos as detentas organizando festas e concursos de beleza, situações que seriam fascinante de serem exploradas de modo apropriado, e não como mera curiosidade pós filme.
Nota: 3/5
. Vitalina Varela
Pedro Costa nunca fez um cinema especificamente fácil. Seus planos, sempre bastante longos e parados para contemplar ações paralelas os envolvendo, soam até bastante monótonas para alguns não acostumados a uma produção cinematográfica mais contemplativa. Apesar disso, suas obras sempre buscaram uma realização mais profunda dentro das histórias, trazendo paralelos e pensamentos extremamente aprofundados/filosóficos. Assim também é Vitalina Varela.
Diferente de seus longas mais recentes, há pouco de uma realização da história aqui. Ela acontece quando Vitalina Varela, uma mulher de Cabo Verde, vai para Portugal em busca de encontrar seu marido. Para sua decepção, quando a mesma chega, ele encontra-se morto, já até tendo sido enterrado, três dias antes. Varela vai, assim, em busca de perceber as raízes do homem que amou naquele espaço, conhecendo as pessoas na qual se relacionou e esteve junto durante esse tempo.
Costa enfoca sua narrativa no drama dessa mulher quase desamparada. Porém, diferente de uma situação mais performática de gritos e um destemperamento, Varela é quase apática de todos os acontecimentos. O que ocorre em seu entorno parece simplesmente existir, vivendo como elementos pulsantes desse universo. Universo esse construído na base dos fantasmas colocados na tela, sempre representados pelos espaços vazios dos planos de Costa. Cada consolidação cênica pouco busca olhar as faces dos personagens, mas perceber o vazio no entorno dos mesmos.
Dessa maneira, a trama coloca sempre uma complexidade de elementos no seu entorno. Aquele lugar de Portugal poderia ser qualquer um, porém ele guarda uma força de um passado traumático, além de uma desesperança para o futuro. As mortes – alastradas em multidão, como na sequência do funeral – só elucidam bem os elementos apresentados anteriormente. O problema maior talvez para Vitalina Varela seja sua necessidade na pretensão no meio disso tudo. Ao usar um trabalho estético interessante, Pedro Costa acaba se empolgando demais para fazer menos.
Nota: 3,5/5
. The Lodge
Nota: 1/5. Veja a crítica aqui.
. Judy
Nota: 2/5. Veja a crítica aqui.
. Jojo Rabbit
Nota: 4/5. Veja a crítica aqui.